"Temos que saber até onde vai o teatro e a verdade", diz presidente do DEM sobre vereador Aleluia

Presidente do DEM em Salvador, o vereador Duda Sanches disse que é preciso saber "até onde vai o teatro e até onde vai a verdade", se referindo às críticas públicas do colega de Câmara e correligionário Alexandre Aleluia, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar bolsonarista frequentemente reclama do posicionamento da sigla contrário ao governo federal.

"O que não dá é pra forjar nenhum tipo de insatisfação na imprensa nem com colegas, que não há. Temos que saber até onde vai o teatro e até onde vai a verdade", afirmou, em entrevista ao programa BNews Agora, na rádio Piatã FM, nesta terça-feira (28).

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Em junho, durante entrevista ao programa PNotícias, da mesma rádio, Aleluia chegou a dizer que o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do seu partido, ACM Neto, era "farinha do mesmo saco" do PT. "Hoje a gente tem 30 anos de farinha do mesmo saco, família Magalhães e PT, tudo igual no final das contas. Inclusive, os dois defendem a mesma pauta, machismo cultural, pautas de ressentimento, LGBT, dividir a sociedade, tudo parecido”.

Apesar das críticas incisivas do vereador bolsonarista, a cúpula do DEM não o pune. Sanches argumentou que não daria motivo para uma saída por insatisfação pessoal. "Temos a premissa de respeitar a posição de cada um e, de forma nenhuma, iremos dar motivo que justifique uma possível legitimação para saída de quem quer que seja por insatisfação pessoal".

DEM-PSL

Durante a entrevista ao BNews Agora, o presidente municipal do DEM disse que há uma enorme procura de agentes políticos interessados em se filiarem ao novo partido resultado da fusão entre o Democratas e o PSL. "A não aprovação das coligações no Senado faz com que candidatos procurem partidos com maior densidade eleitoral", disse.

Sanches desconversou sobre quem assumiria a presidência da nova sigla na capital baiana, mas disse que a liderança no estado deve continuar com o Democratas. Atualmente, o deputado federal Paulo Azi é o presidente. "Mas temos que compreender que é momento de conversa", afirmou.