Deputado bolsonarista é denunciado pela PGR por supostamente ter forjado próprio atentado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado bolsonarista Loester Trutis (PSL) e seu assessor, Ciro Nogueira Fidelis, por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo. Segundo a revista Crusoé, o órgão afirma que o parlamentar forjou a própria tentativa de homicídio.

Loester Trutis denunciou o atentado à Polícia Federal (PF) em fevereiro de 2020. À época, acompanhado do assessor, o deputado disse que criminosos atiraram contra o seu carro enquanto ele se dirigia ao município de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, para participar de um evento político.

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O parlamentar afirmou que havia se protegido dentro do veículo e revidado os disparos com uma pistola emprestada por seu irmão, Alberto Carlos Gomes de Souza.

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Porém, de acordo com a revista, uma perícia feita no carro e filmagens das rodovias obtidas pela PF mostraram que a versão é falsa. “Ambos tiveram protagonismo na empreitada criminosa e concorreram igualmente para a prática dos delitos“, escreveu o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques.

A PGR sustentou que o deputado, defensor da ampliação do porto de arma, tentou faturar politicamente com o suposto atentado nas redes sociais. “O parlamentar, ao noticiar o episódio, atribui ao porte de arma a ausência de lesões e, até mesmo, o escape da ‘morte’, e, ainda, aduz ter sido ‘vítima’ em razão de embates políticos no estado de representação“.

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