Política

Jorge Solla crê em aumento da "pobreza extrema" com Auxílio Brasil

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
"A conclusão é matemática", diz deputado baiano  |   Bnews - Divulgação Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Publicado em 08/10/2021, às 17h26   Redação BNews


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Economistas e membros da equipe econômica do governo Bolsonaro debateram o impacto fiscal dos programas de transferência de renda durante a pandemia, bem como o futuro deste gênero de política assistencial em nosso país, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (8). O Auxílio Brasil, uma das principais bandeiras defendidas pela gestão, foi assunto na reunião.

    Dados oficiais apresentados demonstraram a perda de capacidade da redução da pobreza extrema em 2021, devido ao volume menor de gastos com o pagamento de parcelas do auxílio, que caíram para R$ 200 reais em média (em 2020, era de R$ 600 a R$ 1,2 mil). "A conclusão é matemática", destacou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que presidiu a sessão.

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    "Se o auxílio emergencial de hoje tem resultado quase que insignificante na redução da pobreza e da pobreza extrema, o Auxílio Brasil, que tem custo fiscal inferior à soma do que é pago hoje com Auxílio Emergencial e Bolsa Família, é óbvio que em 2022 a pobreza extrema aumentará", alerta o petista.

    A previsão dos líderes do governo é que o orçamento total para o Auxílio Brasil chegue, ao máximo, em R$ 61,2 bilhões em 2022. Neste ano de 2021, só o Auxílio Emergencial custou R$ 62,8 bi, que somado aos R$ 34,7 bilhões do orçamento do Bolsa Família, chega a R$ 97,5 bi com transferências de renda.

    “Enquanto que, com o auxílio de R$ 600, apenas 1,8% das pessoas estava na pobreza extrema, com o auxílio de R$ 150 que se paga hoje, são 8%. Muito próximo dos 8,6% de quando não se pagava nada. São 8% que estão passando fome e estas pessoas estão sendo vistas a olho nu nas cidades, nas estradas afora”, completou o petista. 

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