Política

Polêmica do Paredão: Vereador governista vê criminalização da cultura negra em Salvador

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"Não se pode associar violência a paredão", diz Silvio Humberto  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/10/2021, às 15h46   Henrique Brinco


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O vereador Sílvio Humberto (PSB), que é da base aliada do governador Rui Costa (PT), criticou a proibição das festas do tipo "paredão" na Bahia. Ele manifestou preocupação com os crescentes casos de violência urbana e de gênero em Salvador, sobretudo nas últimas semanas, em que jovens foram assassinados e ficaram feridos por balas perdidas. Após chacina no bairro do Uruguai, em Salvador, o governo estadual proibiu a realização de festas tipo “paredão” na Bahia. Segundo o vereador, a determinação não impede a ocorrência de roubos, assaltos e mortes.

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"Temos o triste exemplo da jovem Kesia Stefany, assassinada pelo namorado, um advogado, no bairro do Rio Vermelho. Uma mulher que, mesmo depois de morta, segue sendo violentada por diversas acusações, enquanto o seu algoz poderá responder pelo crime diretamente do conforto do seu lar. Logo, não se pode associar violência a paredão e, muito menos, criminalizar uma expressão cultural da população negra em nossa cidade”, criticou.

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Para Sílvio Humberto, a violência também não será resolvida apenas com a realização de concursos no setor de segurança e mais policiamento.  "São fatos que evidenciam que a situação é mais complexa, e que não vamos resolvê-la proibindo seletivamente festas realizadas em comunidades periféricas, responsabilizando a família, culpabilizando as vítimas. Estamos diante de um problema grande, histórico, multicausal e que não pode ser enfrentado com bravatas, precisa sim de diálogos amplos sobre racismo, machismo, violência de gênero, drogas. É urgente investir em pessoas, com a juventude, as crianças, possibilitar o acesso à educação, à cultura, à cidadania", defendeu.

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