Política

Bolsonaro pode perder canal no YouTube

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 26/10/2021, às 07h33   Redação BNews


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Com os episódios de disseminação de fake news, a conta do presidente Jair Bolsonaro no YouTube pode ser excluída definitivamente caso cometa mais duas infrações nos próximos meses. Em sua live na última quinta-feira (21), ele associou a contaminação com o vírus da Aids à vacina contra a Covid-19, sem nenhum embasamento científico. 

A plataforma entendeu que Bolsonaro violou as regras ao espalhar informações falsas sobre saúde pública e excluiu o vídeo, além de aplicar uma suspensão de uma semana na sua conta, que fica impedida de publicar.

Bolsonaro já tinha sido alertado pelo YouTube em julho, quando publicou um conteúdo que prejudicial ao enfrentamento da pandemia. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

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Com a recente punição, Bolsonaro agora está perto de receber um "strike" do YouTube, que é como chama o banimento. Na primeira infração o usuário é suspenso por uma semana. Já depois da segunda, pode se estender por duas semanas, e no caso de uma terceira infração em um período de 90 dias, a conta é fechada para sempre.

"Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a Covid-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas", disse o YouTube, em nota.​

"As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política", completou.

A fala de Bolsonaro causou revolta da comunidade científica e médicos classificaram a sua afirmação como inexistente e absurda.

Jamal Suleiman, infectologista do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, destaca que as vacinas da Covid não utilizam nenhum fragmento de HIV em sua composição.

Denise Garrett, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin (EUA), reforça: "Não tem nenhuma possibilidade ou plausabilidade dessas vacinas fazerem isso. A afirmação é absurda e anticientífica."

Classificação Indicativa: Livre

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