Política

Programa do governo estadual distribui mais de R$ 1.254 milhão em convênio

Imagem Programa do governo estadual distribui mais de R$ 1.254 milhão em convênio
Os recursos são do Bird e devem ser repassados a diversas associações do interior   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/03/2012, às 06h22   Luiz Fernando Lima


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A Companhia de Desenvolvimento e Ação Social (CAR) do governo do estado publicou no Diário Oficial desta terça-feira (27) o resumo de doze convênios que totalizam R$ 1.254.129,04. Deste montante, apenas 27 mil reais são destinados ao programa Prodecar Energia Alternativa.

O restante, mais de 1.226 milhão, é destinado a intervenções previstas no Produzir. O dinheiro será empregado, entre outras, para a construção de 129 cisternas, 40 sanitários e 3 projetos de mecanização agrícola.

Os recursos podem vir do Tesouro do Estado ou do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Todas as obras devem ser concluídas em no máximo 720 dias após a liberação da verba.

No site oficial da CAR a descrição do programa Produzir explica que desde 1996 ele integra uma proposta mais ampla de combate à pobreza rural implementada pelo Banco Mundial e governos estaduais da região Nordeste do país.

“Com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais, criar emprego e renda e melhorar a vida das populações mais pobres, o programa financia projetos comunitários nas áreas social, de infraestrutura e produção. Os recursos financeiros são do Banco Mundial e do Governo do Estado e toda a coordenação técnica é de responsabilidade da CAR”.

De fato, são diversas associações comunitárias de municípios como Campo Formoso, Caetanos, Mirante, Andorinha, Ibicoara, Malhada de Pedras e Ituruçu.

A liberação de recursos ainda não foi divulgada, contudo, vale ressaltar que a medida deve ser acompanhada de perto pelos responsáveis pela fiscalização da aplicação, além de deputados estaduais, imprensa e sociedade civil. Esta é uma das maneiras de garantir que as verbas asseguradas em programas como o Produzir cheguem a seu destino e cumpra com os objetivos propostos.

Cisternas

Outro fato a ser ponderado é o modelo de cisterna que será implantado com os recursos do Produzir. As cisternas de plástico já se mostraram pouco eficazes e sofreram diversas criticas de setores produtivos e políticos. A própria base do governo faz coro com os insatisfeitos, como afirma o deputado Marcelino Galo.

De acordo com o petista, a implantação do modelo de reservatório em polietileno, além de ser mais caro, apresenta deformações com menos de três meses de uso, em função do calor da região. “A água é um bem público essencial à vida e precisamos garantir o armazenamento para consumo durante as estiagens. Este modelo de plástico tem um ciclo pequeno e custo/benefício nada significativo”.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), com o passar do tempo, a atividade industrial, os centros urbanos e o desmatamento contribuirão para a escassez do recurso para o consumo humano e para a irrigação na agricultura. “O Dia Mundial da Água nos obriga a despertar a consciência ecológica, protegendo e conservando esse bem, que é também um fator para a segurança alimentar”, salienta Galo.

Dados divulgados pela Articulação do Semiárido (ASA) apontam que cada cisterna de polietileno tem custo total, unindo equipamento e instalação, de cerca de R$ 5 mil. Esse valor corresponde mais que o dobro da cisterna de placas de cimento - que, segundo a ASA, sai por aproximadamente R$ 2,2 mil. “Considerando os dados expostos, enquanto as 300 mil cisternas de polietileno, previstas pelo governo federal, custarão R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos, se a tecnologia utilizada fosse a de placas, esse valor seria de R$ 660 milhões”, completa o parlamentar petista.


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