Política

Alckmin não rechaça ser vice de Lula e diz que é preciso amadurecer conversas

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 12/11/2021, às 19h12   Folhapress


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O ex-governador Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) manteve em aberto nesta sexta-feira (12) a possibilidade de um acordo para ser candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial de 2022, ao indicar que não rechaça a possibilidade.

A existência das conversas foi antecipada pela coluna Mônica Bergamo. Adversário histórico do PT, Alckmin, que também é pré-candidato ao Governo de São Paulo, retribuiu as gentilezas que têm sido difundidas por emissários do partido e elogiou o "apreço pela democracia" do ex-presidente.

"Já disseram que eu vou ser candidato a senador, a governador, a vice-presidente. Vamos ouvir. Fico muito honrado com a lembrança do meu nome", disse ele a jornalistas, após participar de uma gravação ao lado do presidenciável Ciro Gomes (PDT), a convite do ex-governador Márcio França (PSB).

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"Tenho um grande carinho e confiança pelo Márcio França. Vamos amadurecer [as conversas] e depois a gente vai conversando", prosseguiu, confirmando que tem mantido tratativas com líderes de vários partidos sobre seu futuro após a saída de cena com sua derrota na eleição presidencial de 2018.

Ao seu estilo, Alckmin foi genérico ao comentar o assunto Lula, mas acrescentou: "A política precisa ser feita com civilidade, com quem tem apreço à democracia. Em relação a candidaturas, a decisão não é agora, não é já".

Em seguida, indagado se o petista preencheria os predicados que ele citou, o ex-governador respondeu: "É claro que tem [apreço à democracia], não só ele".

Alckmin tem evitado dar pistas sobre seu destino partidário e até mesmo sobre a data em que pedirá desfiliação do PSDB –se antes ou depois das prévias do partido para escolher o pré-candidato à Presidência, polarizadas entre seu ex-aliado João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).

O quase ex-tucano, que negocia ingressar no PSD, no PSB ou no União Brasil (futuro partido a ser criado com a fusão entre DEM e PSL), disse nesta sexta que está vivendo um tempo de ouvir e de fazer reflexões. Nos bastidores, contudo, ele e seus aliados estão avançando em negociações.

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"A eleição não é mês que vem", resumiu, diante da ansiedade dos repórteres, para na sequência falar que uma decisão sobre seus próximos passos "não vai demorar muito não".

Na semana passada, quando já circulavam os rumores de uma possível parceria com Lula, o ex-governador afirmou em uma rede social que "muitas especulações têm surgido nos últimos dias" sobre seu futuro político e que ele segue "percorrendo São Paulo e pensando nos problemas da nossa gente".

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