Política

Pedido de Eduardo Leite para adiar vacinação cai como bomba nas prévias do PSDB

Agência Brasil
Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 18/11/2021, às 06h58   Redação BNews


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O pedido feito pelo governo Bolsonaro e atendido por Eduardo Leite (PSDB-RS) para tentar convencer seu colega João Doria (PSDB-SP) a adiar o início da vacinação contra a Covid-19 em janeiro caiu como uma bomba nas prévias presidenciais tucanas, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.  

Ambos os governadores disputam a eleição interna no próximo domingo (21), num certame que ainda conta com o ex-prefeito manauara Arthur Virgílio.

Nesta quarta (17), a Folha revelou em uma entrevista com Leite a existência do pedido, feito pelo general Luiz Eduardo Ramos (então secretário de Governo, hoje secretário-geral da Presidência).

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Leite admitiu que procurou Doria. "Houve uma conversa nessa direção, não foi um pedido de intervenção, mas um pedido de reflexão. Talvez tivesse sido positivo ao país que se fizesse um esforço de coordenação e engajamento, já que era uma questão nacional. Mas é um episódio superado", afirmou.  Nas redes sociais, Leite foi alvo de diversas críticas por parte tanto de tucanos, quanto de figuras associadas à esquerda.  O caso desagradou parte do tucanato, cioso do ativo eleitoral que é a defesa da vacinação por Doria. O paulista patrocinou a produção da chinesa Coronavac em São Paulo, e é considerado até por adversários o responsável por forçar Bolsonaro a acelerar a campanha nacional.  

Comentando a entrevista de Leite ao jornalista Lauro Jardim, de O Globo, Doria disse que respondeu: "Lamento, Eduardo, que você tenha se prestado a atender um pedido dessa natureza do general Ramos. Diga a ele que vamos iniciar a vacinação, tão logo a Anvisa autorize a utilização da Coronavac. E que eu estou ao lado da vida e dos brasileiros".

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