Política

MP-BA pede suspensão e vai acompanhar de perto formulação do edital do lixo

Publicado em 03/04/2012, às 15h23   Rafael Albuquerque



Não adiantou muito as explicações dadas pelo secretário municipal de Serviços Públicos, Marcelo Abreu, em reunião na Câmara Municipal de Salvador, sobre o polêmico edital do lixo em Salvador. Abreu teria recebido do Ministério Público da Bahia um ofício recomendando que seja suspensa a elaboração do edital para contratação de uma empresa de limpeza e recolhimento de lixo na capital baiana. A situação foi adiantada pelo Bocão News e teve grande repercussão na imprensa baiana. A licitação visa definir a companhia ou consórcio que ficará responsável pela tarefa pelos próximos 20 anos e poderá receber cerca de R$ 5,5 bilhões. Em 2008 foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o MP-BA acompanhasse todo o processo. Diante de tais informações, destoa a declaração que o ex-Chefe da Casa Civil da prefeitura, o deputado João Leão, de que foi o próprio MP-BA quem exigiu que a licitação fosse feita com brevidade: “Não podemos esquecer que se trata de uma concessão. Por isso, a duração de 20 anos. É o mesmo que o governo do estado está fazendo com o metrô. E como o contrato já está vencido, o MP-BA exige que a licitação seja feita com brevidade. Quanto ao preço, eu e nem ninguém pode falar se está caro ou barato, já que não estamos envolvidos e não temos referencial”. A ação do Ministério Público da Bahia levou em consideração as declarações do ex-prefeito e atual deputado federal Antonio Imbassahy, que na semana passada foi ao órgão e conversou com o procurador-geral de Justiça, Wellington Lima e Silva, sobre o caso. Apesar de toda a movimentação, o MP-BA não confirma oficialmente que tenha sido enviada a solicitação de suspensão do edital. Informações de bastidores dão conta que uma Comissão estaria sendo montada no MP para acompanhar de perto todo o processo, que acontece no final da gestão do prefeito João Henrique (PP). 

Nota originalmente publicada às 9h

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