Política

Sérgio Passos diz que situação em Lauro é “esdrúxula”

Imagem Sérgio Passos diz que situação em Lauro é “esdrúxula”
João Almeida garante que executiva nacional não impediu aliança com o PT  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/07/2012, às 07h20   Daniel Pinto (Twitter: @dspinto)


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O PSDB em Lauro de Freitas está literalmente em “pé de guerra”. Na cidade da Região Metropolitana de Salvador, diretório municipal e executiva estadual brigam pelo controle da legenda. O conflito teve início depois que a presidente do partido em Lauro, Vânia Almeida - irmã do ex-deputado João Almeida e secretária municipal de Serviços Públicos - decidiu apoiar a candidatura de João Oliveira (PT) à prefeitura da cidade. A executiva, comandada por Sérgio Passos, interveio e o diretório foi destituído. Em seguida, uma comissão provisória foi nomeada e teria como missão principal compor aliança com Márcio Paiva (PP), discípulo direto de João Leão.

Vânia, insatisfeita, recorreu à Justiça e conseguiu liminar que a manteve no cargo. Os advogados do PSDB Bahia contra-atacaram e o caso foi parar no Pleno do Tribunal. O julgamento teve início, mas foi pedido vistas ao processo. A expectativa é de que a decisão definitiva da corte seja tomada até amanhã, dia 6.

Debate político

“O que queremos é resguardar os interesses do partido. Não podemos defender a candidatura de ACM Neto (DEM) em Salvador e firmar um acordo com o PT na cidade vizinha. É uma posição esdrúxula”, protestou Sérgio Passos.


João Almeida, por sua vez, sustenta a coligação com o PT e diz que não há impedimento legal ou partidário. “Esse não é um caso isolado. Existem outros no estado e em diversas cidades do país. A executiva nacional não publicou nenhuma resolução neste sentido. Todo mundo sabe que as eleições municipais respeitam conjunturas da região. O que se quer, em Lauro de Freitas, é reeditar uma luta que foi travada há oito anos, quando as forças se uniram contra um adversário comum. Hoje, aqui, não há um projeto de oposição consistente. O candidato de Leão é governista. Aliás, Leão é o mais governista entre todos os governistas”.  

Apesar da evidente contrariedade política, o presidente regional dos tucanos evita falar em processo de expulsão dos “dissidentes”. “Não se pode tomar uma postura radical. A intenção é que a comissão nomeada atue por seis meses ou até que o impasse seja superado”.


Fotos: Roberto Viana/Bocão News
Nota originalmente publicada às 17h15 do dia 5


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