Política

Candidatos insastifeitos deixam coligação para apoiar Kertész

Imagem Candidatos insastifeitos deixam coligação para apoiar Kertész
Presidente do PTC diz que infieis podem perder mandato, caso sejam eleitos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/07/2012, às 09h23   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)



O termo "fidelidade partidária", no Direito eleitoral, trata da obrigação que um político deve ter para com seu partido, tendo por base a tese de que se no Brasil todos os candidatos a cargos eletivos precisam de partidos políticos para se eleger, eles não podem se desvincular do partido para o qual foram eleitos, sob pena de perderem o mandato. Para alguns postulantes a uma das 43 cadeiras na Câmara Municipal de Salvador, o termo "fidelidade partidária" não precisa ser encarado ao pé da letra. Insatisfeitos com a "atenção" dada pelo candidato da Coligação Todos Juntos por Salvador, Nelson Pelegrino, mostraram que não estão tão unidos assim, trocaram de lado e decidiram apoiar Mário Kertész, candidato a prefeito pelo PMDB.
Inicialmente, a nota divulgada pela assessoria de comunicação do peemedebista afirmou que "pelo menos 10 candidatos a vereador do PDT, PTC, PMN, PSL e PHS" decidiram apoiar Kertész, mesmo com seus respectivos partidos em outra coligação. A reportagem do Bocão News solicitou o nome dos candidatos e apenas integrantes do PTC (Dudu do Fusca, Valter Silva, Grande Jaime, Sacramento, Frank Cerqueira, Claudinei Caneta, Antonio Baixinho e Epitácio) e do PHS (Robson Vigilante, Kito Maia e Vel da Embasa) foram confirmados. Sem os nomes de candidatos do PDT, PMN e PSL.

Coincidência ou não, quatro dos cinco partidos citados na nota pertenciam a Coligação Todos Juntos por Salvador 
(PP / PDT / PT / PTB / PR / PSDC / PHS / PMN / PTC / PSB / PRP / PPL / PSD / PC do B / PT do B). Já o PSL, a outra legenda citada na nota, pertence a Coligação Salvador Encontra seu Caminho (PRB / PSL), com o objetivo de levar Márcio Marinho ao Thomé de Souza.
Segundo o presidente municipal do PTC, Rivailton Veloso, partido que, de acordo com a lista enviada pela assessoria de Kertész, teria oito candidatos que decidiram apoiar o peemedebista, o que levou a mudança de time foi a insatisfação porque o material de campanha prometido para os candidatos não teria chegado. "Houve um problema com a impressão e eles ficaram insatisfeitos. Por isso, estão tomando essa atitude.Não vão poder subir no palanque de Pelegrino, não receberão material e ainda correrão o risco de, se eleitos, perderem os mandatos por causa da declarada infidelidade", ameaçou.
O único candidato do PTC com mandato, o vereador Téo Senna, também assume declaradamente uma postura diferente da orientação partidária. No caso do líder da bancada do governo na Câmara, o escolhido é o democrata ACM Neto. "Mas o caso de Téo é diferente porque além de ele já ter mandato e ele sempre apoiou Neto. Desde o início, o PT sempre soube que Téo Senna continuaria apoiando ACM Neto", justificou.
Já o vereador Téo Senna, atribui a atitude dos descontentes do PTC à insatisfação gerada pela opção do partido por Nelson Pelegrino sem consultar importantes nomes da legenda. "Eu que sou o único que possuo mandato não fui ouvido. Estou com Neto desde o primeiro momento e continuarei porque pretendo manter a minha coerência política", explicou.

Classificação Indicativa: Livre

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