Apoio de ACM Neto às cotas é questionado por deputado Luiz Alberto

Publicado em 20/09/2012, às 21h10 Redação Bocão News

A polêmica sobre o apoio às cotas raciais defendido pelo candidato à sucessão municipal de Salvador, ACM Neto (DEM), voltou a ser contestado veementemente pelo líder da Frente Parlamentar Mista pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas da Câmara Federal, o deputado federal Luiz Alberto (PT/BA). O parlamentar comemorou ainda a derrota de representações de Neto na Justiça nas quais nega que seja contra as cotas raciais.

Luiz Alberto ressaltou que o setor jurídico da campanha dos proporcionais da coligação “Todos Juntos por Salvador” festejou, nesta quinta-feira, 20 de setembro, a derrota de ACM Neto na Justiça eleitoral em cinco processos, perdendo inclusive dois minutos para direito de resposta relativo às cotas raciais.

“Sou parlamentar quilombola, negro e sei a luta que travamos com o DEM e o próprio ACM Neto na Câmara para garantir as políticas públicas e de ações afirmativas em prol da população negra, maioria no Brasil”, afirmou o petista baiano.

A juíza Carolina Guedes estabeleceu duas sentenças, que já estão sendo cumpridas. Nelas, a coligação proporcional de Pelegrino além de reafirmar a posição do DEM, inclusive com um processo que perdeu no Supremo Tribunal Federal, apresenta o candidato a vereador democrata, Bruno Alves, combatendo as cotas raciais.

Luiz Alberto lembrou ainda artigo de Alves publicado no dia 04 de setembro do ano passado, firmando sua posição contrária no jornal A Tarde. “Está se provando que ACM Neto é sim contra as cotas e que também tenta ‘censurar’ toda a verdade que tem sido mostrada na propaganda eleitoral de Nelson Pelegrino”, disse.

Contestação anterior

Luiz Alberto já havia contestado, no início do mês, as declarações da candidata a vice de ACM Neto, Celia Sacramento, que em depoimento na propaganda da tevê afirmou que o candidato do DEM seria favorável ao sistema de cotas.

Luiz Alberto lembrou também que foi o DEM de Neto quem entrou com ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as cotas e o Programa Universidade para Todos (Prouni) – ambas derrubadas pelo Supremo.

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