Nos últimos dias, o prefeito João Henrique, ainda do PMDB, intensificou as sinalizações de que pretende procurar abrigo no “ninho” do Partido Progressista, hoje comandado pelo deputado federal Mário Negromonte.
O desejo do prefeito ficou ainda mais latente depois do anúncio de Negromonte como futuro
ministro das Cidades.
O caso lembra (e muito) a relação estabelecida entre o próprio João Henrique com o PMDB, quando Geddel Vieira Lima assumiu o Ministério da Integração Nacional. O ano era 2007. A cidade vivia momentos difíceis, sem dinheiro nem para manter os serviços básicos e honrar compromissos com fornecedores e terceirizadas. João vê um “porto seguro” no PMDB. O partido o acolhe e Geddel começa a liberar recursos para a capital baiana.
O prefeito, que até então tinha mais de 60% de rejeição, dá uma guinada na administração e consegue ser reeleito.
Já em 2010, quando Geddel disputou o governo do estado, o prefeito lhe virou as costas e praticamente não o apoio durante a campanha. Mesmo assim, o “cacique” peemedebista prefere não falar em traição.
“Esse julgamento quem faz é a sociedade”.
Agora, com Salvador novamente afundada em dívidas e descrédito, cabe ao futuro ministro Negromonte decidir se João terá guarida no PP. Será que a história vai se repetir? Só o tempo irá dizer.