Um dos shoppings mais antigos de Salvador, o Iguatemi, tem chamado atenção por conta de algumas reformas que vem fazendo em seus
estacionamentos. Os consumidores, sob a ameaça de serem cobrados para estacionar os seus veículos, já estão de olhos bem abertos em cima das cancelas novas e balcões que poderão, futuramente, servir para cobrar o espaço.
A assessoria do estabelecimento confirma as reformas, mas não garante que elas venham servir para a cobrança. As mudanças, então, seriam por “diversos motivos”, já que o shopping tem 37 anos e até agora, “não há data nem posicionamento oficial do shopping” sobre o assunto.
No entanto, o coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce), Edson Biaggio, diz que a cobrança é evidente. “Isso sem dúvida é um indício de que eles estão se preparando tecnicamente para cobrar. Eu não tenho detalhes de valores e critérios porque isso é individual. Mas eles vão cobrar, com certeza”, afirma.
Sobre as mudanças, o Iguatemi não está sozinho. Seu vizinho, o Salvador Shopping, também já apresenta novidades. Foram instalados sinalizadores eletrônicos de vaga, o que faz com que os consumidores avistem um espaço sem precisar percorrer longos caminhos dentro do estacionamento.
Prefeitura embarga
Ainda de acordo com Edson Biaggio, da Abrasce, a prefeitura através da Sucom entrou com um “embargo de declaração”, o que não significa que a decisão do juiz, que liberou a cobrança dos estacionamentos, está suspensa. “Esse recurso que a prefeitura utilizou é apenas para esclarecer algo relacionado a decisão do juiz. Eu não sei dizer o que, porque não fomos notificados”, conta. Em contato com a Sucom, o órgão confirma a informação e diz que o embargo está em tramitação. Confira nota completa:
"Com relação ao questionamento sobre a cobrança de estacionamentos em shoppings, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) informa que interpôs recurso à Justiça, através de documento denominado embargo de declaração, em 18 de janeiro, e o processo está para apreciação do juiz. A Autarquia aguarda manifestação do Poder Judiciário. O documento pode ser consultado através da 7ª Vara da Fazenda Pública".
Nota atualizada às 12h33 do dia 01/03
