Política

Perde aqui, ganha lá. Câmara prepara aumento para deputados

Imagem Perde aqui, ganha lá. Câmara prepara aumento para deputados
O salário dos deputados federais pode subir. Os estaduais acompanham  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 16/03/2013, às 15h02   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O anúncio de que existe um grupo de deputados federais defendendo a tese de equiparação salarial com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não chega a ser surpreendente. Caso seja vitoriosa, - e tudo indica que será - o salário dos parlamentares passa de R$ 26.723,13 para R$ 28 mil.

A diferença de pouco mais de R$ 1 mil no final do ano gerará um custo extra de R$ 8.5 milhões, somente no orçamento da Câmara. São 513 deputados federais que recebem 13 salários anuais. A medida também vem em momento inoportuno. Não faz nem um mês que os próprios legisladores aprovaram o fim do 14ª e 15ª salários.

O argumento de deputados ouvidos pelo Bocão News é semelhante. Lúcio Vieira Lima (PMDB), por exemplo, pondera que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, são equivalentes e independentes, portanto, não se justifica diferença salarial entre os poderes.

“O congressista não deve ganhar menos ou mais que o ministro do STF, que não deve ter um salário diferente da presidente. Os poderes se equivalem, são harmoniosos e isto deve refletir na remuneração dos agentes”.

Impacto nos estados

Contatado pela reportagem do Bocão News, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT) afirma que não está acompanhando este processo. Informado do trâmite, o pedetista ressaltou que é contra qualquer reajuste salarial para deputados neste momento, mas a constituição, segundo ele, determina que seja repassado aos parlamentares daqui qualquer aumenta de lá.

Por aqui, o subsídio subiria para R$ 21 mil, atualmente é de R$ 20.042,34. O impacto anual seria de R$ 784.323,54. Antes, os salários só poderiam ser reajustes na mudança de legislatura. Segundo Marcelo Nilo, esta lei caiu e o aumento pode acontecer a qualquer hora.

No Congresso Nacional a discussão ainda é incipiente. Não tendo data para apreciação. No entanto, o clima interno é positivo para a aprovação. A compensação pela perda dos 14º e 15º salários não será completa, mas algum a mais vai entrar.

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