Política

Luiza Maia dispara contra Feliciano: "renuncie já"

Imagem Luiza Maia dispara contra Feliciano: "renuncie já"
Presidente da CDHM é questionado por declarações consideradas racistas e homofóbicas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/03/2013, às 12h49   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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No início deste mês, com 11 votos e um voto em branco, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados elegeu o polêmico pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para o cargo de presidente. O deputado que é pastor da igreja Assembleia de Deus, e está na presidência desde o dia sete de março, é acusado de defender posições racistas e homofóbicas ­ por conta de publicações em suas redes sociais. Além disso, o deputado, que está em seu primeiro mandato, é acusado por estelionato no Supremo Tribunal Federal (STF).



Quem demonstrou indignação diante das atitudes do parlamentar foi a deputada estadual Luiza Maia (PT-BA). "Deputado Feliciano, homofóbico, racista, machista já mostrou que não pode continuar na CDHM! Vamos negros, mulheres e GLBT lutar! Fora Marco Feliciano, já!", disparou em seu perfil no Twitter na última sexta-feira (29). E continuou: "Deputado Marco Feliciano a democracia brasileira não suporta suas posições contra a diversidade. Seja humilde, renuncie já!", disse.

Os líderes partidários da Câmara decidiram chamar Feliciano para uma reunião na próxima semana para tentar convencê-lo a deixar a presidência da Comissão. Pressionado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e agora pelos líderes, Feliciano foi respaldado na terça-feira por seu partido e pela bancada evangélica.

O pastor já declarou que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Em 2011, criou polêmica ao escrever que "os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé" e que essa maldição é que explica o "paganismo, o ocultismo, misérias e doenças como ebola" na África. Desde então é questionado por declarações consideradas racistas e homofóbicas.

  Publicada no dia 30 de março de 2013, às 14h08

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