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Fábio Mota e José Carlos Brito saem da Prefeitura depois da eleição  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/09/2010, às 08h11   Daniel Pinto


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Fábio Mota, em foto do site Fala Bahia

Ninguém confirma oficialmente. Mas, o fato é dado como certo. Desde a “ruptura” entre o PMDB e a Prefeitura de Salvador, apenas dois secretários ligados ao partido permanecem no quadro da administração municipal: Fábio Mota, o “síndico” de Salvador e titular da Secretaria de Serviços Públicos (SESP), e José Carlos Brito, da Saúde (SMS).

Ao que tudo indica, a situação dos dois ficou bastante delicada após o início do processo eleitoral. Embora não admita publicamente, Geddel Vieira Lima se sente desprestigiado pelo prefeito João Henrique, que está alheio à campanha do PMDB ao governo do estado.


A zanga ganha contornos maiores se for levado em consideração que a legenda foi tida como principal responsável pela guinada do prefeito durante o processo em busca da sua reeleição, em 2008, quando conseguiu reverter não apenas a rejeição de quase 60% , como virar o jogo e vencer as eleições quando todas as pesquisas apontavam sua derrota.

Apesar de todas as peças se encaixarem perfeitamente no “quebra-cabeça”, Fábio Mota não confirma a data para deixar a Sesp. “Não existe isso. Mas, sou um homem de partido e vou seguir o caminho definido pelo grupo”, observou.

Aos interessados em demitir os secretários do PMDB, o presidente regional da legenda, Lúcio Vieira Lima, manda um “recado”. “Só ao prefeito cabe demitir secretários. Os dois foram mantidos no cargo após a reeleição porque prestaram grandes serviços à cidade e, não porque foram quadros indicados pelo PMDB. José Carlos Brito nem é filiado ao partido. Ele, simplesmente, aceitou um convite para emprestar sua experiência na área da saúde e requalificar a gestão da SMS, que vinha desgastada após o escândalo da morte de Neylton Souto da Silveira”, frisa Lúcio.

O Bocão News provocou o dirigente a comentar as denúncias dos bastidores que dão conta de que as secretarias de Serviços Públicos e Saúde vem sendo boicotadas pela Casa Civil da Prefeitura. “Não tenho conhecimento disso. Não se pode atrasar pagamento de fornecedores, terceirizados. Vai ficar sem recolher lixo e sem remédios nos postos? Isso seria um boicote à população da capital baiana”.  

Entretanto, a expectativa é que tanto Fábio Mota quanto José Carlos Brito entreguem os cargos depois das eleições.

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