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Elmar Nascimento denuncia juiz substituto do TRE em plenário

Imagem Elmar Nascimento denuncia juiz substituto do TRE em plenário
Deputado cobra decisão sobre processo que pode mudar resultado de eleição em Campo Formoso  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/04/2013, às 10h42   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



O deputado estadual Elmar Nascimento (PR) denunciou, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, o juiz substituto Wanderley Gomes por estar deliberadamente atrasando o julgamento de uma Ação de Investigação na Justiça Eleitoral (Aije) que pode interferir diretamente no resultado da última eleição em Campo Formoso, município localizado no Centro Oeste baiano, a 401 km de Salvador.

O parlamentar afirma que o juiz está com o processo desde o dia 8 de janeiro deste ano. Extrapolou, portanto, o prazo de cinco sessões. De acordo com Nascimento, a atitude do magistrado substituto é suspeita e por isso solicitou audiência com a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia, Sara Brito, com o corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Francisco Falcão, e com o presidente da OAB Bahia, Luiz Viana Filho. As datas ainda não foram divulgadas.

Elmar Nascimento, que assiste insatisfeito a mudança de campo político do seu partido – foi para a base do governo Jaques Wagner e Dilma Rousseff -, levantou suspeitas sobre eventuais pressões exercidas pelo chefe do Poder Executivo, Wagner, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT). Segundo o republicano, os dois têm interesses em manter o prefeito Eurico Soares Nascimento (PSD), que foi candidato a vice na chapa encabeçada pelo deputado estadual Adolfo Menezes (PSD).

Menezes renunciou no dia 18 de janeiro. O parlamentar é acusado pela coligação “De mãos dadas com o Trabalho”, capitaneada pela candidata Maria Santana (PSDB), de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder econômico.

Nascimento deixou claro no pronunciamento que não quer interferir na decisão dos magistrados, mas que é preciso ter uma decisão. Para ele, o mais importante no momento é acabar com a morosidade que tem indícios de que está sendo provocada por interesses específicos.

Vale ressaltar que Menezes deixou o cargo, conforme publicado à época, para não correr o risco de ficar sem mandato. O processo, ainda inconcluso, poderia cassá-lo na condição de prefeito, por conta disso, optou por manter o assento no parlamento estadual e deixar a gestão municipal para o vice ou para a opositora, ou ainda, para quem vencer um eventual segundo pleito.


Nota originalmente postada às 20h do dia 9

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