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Ex-secretário da Fazenda deve assumir a CTS de Wagner

Imagem Ex-secretário da Fazenda deve assumir a CTS de Wagner
Carlos Martins recebeu proposta e deve dar resposta até a semana que vem; "Preciso analisar empresa", diz  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/05/2013, às 10h16   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)



O Governo do Estado definiu quem quer que dirija a nova Companhia de Trens de Salvador (CTS), empresa pública que passou da Prefeitura de Salvador para a gestão Wagner no acordo do Metrô no mês passado. Trata-se de Carlos Martins, ex-secretário estadual da Fazenda e recentemente candidato derrotado à prefeitura de Candeias, na Região Metropolitana.
Martins confirmou o convite do governo, feito por intermédio do secretário estadual de Relações Institucionais, César Lisboa. Segundo o petista, a proposta foi feita em caráter oficial esta semana, mas Martins pediu tempo para analisar a situação e na próxima semana deverá dar uma resposta em nova reunião com Lisboa na Governadoria.
Separam o ex-secretário da cadeira na CTS apenas análises técnicas da situação atual da empresa, que foi herdada da prefeitura com a responsabilidade não só de gerir o metrô, mas o historicamente caótico sistema de trens do Subúrbio Ferroviário. “Preciso saber como está a situação administrativa da empresa, uma análise técnica da situação. Depois vamos ver quais os desdobramentos”, refletiu.
De todos os petistas mais chegados ao governador que tiveram aventuras eleitorais no ano passado e não lograram êxito, Carlos Martins é o único que ainda não conseguiu uma “boquinha” na gestão estadual como prêmio de consolação. Recentemente, a ex-prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho – que não conseguiu eleger sucessor na cidade – foi nomeada titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). Já a ex-vereadora de Salvador Olívia Santana – candidata a vice-prefeita em Salvador – chefia o gabinete da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes da Bahia (Setre).
Apesar de se saber em situação idêntica, Carlos Martins nega tratar o caso como uma “obrigação” de aceitar um cargo ou até mesmo necessidade após a frustração eleitoral. Ele afirma não ter necessidade de ocupar cargos no Estado e que, em última análise, perder as eleições apenas o fez voltar a viver mais de perto uma vida comum, além da militância política que tem no PT desde a fundação do partido.
“Eu sou professor universitário, tenho vida profissional além da vida política. Então não vejo como uma urgência. Eu sou deste projeto desde fundação do PT. Ajudei também na eleição de Wagner. Por isso, eu digo que se a minha participação for necessária, eu estarei à disposição”, analisou o ex-secretário. Nas eleições em outubro, o petista conquistou a terceira colocação, atrás do prefeito Sargento Francisco (PMDB) e Tonha Magalhães (PR).

Postada às 18h17 do dia 11 de maio

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