Em um momento crucial para as futuras contas da Prefeitura de Salvador, o município deseja conceder às incorporadoras imobiliárias da capital isenção total de Imposto Sobre Serviços (ISS) na proposta de Reforma Tributária que tramita na Câmara. Às vésperas da votação, a emenda 72, que versa sobre a possibilidade, virou alvo de vereadores que desejam desfazer a ideia. O líder do movimento anti-isenção é o vereador Kiki Bispo (PTN), que considera absurda a possibilidade de conceder perdão de pagamento de impostos a empresários que geram muitos recursos. Além disto, uma vez que a prefeitura tenta de todas as maneiras conseguir mais dinheiro para viabilizar a gestão, o edil afirma que a isenção dos 5% é uma contradição do Thomé de Souza.
Após o anuncio de que brigaria para derrubar a proposta, Bispo recebeu as adesões dos colegas Marcell Moraes (PV), José Trindade (PSL), Isnard Araújo (PR) e Carlos Muniz (PTN). O caldo entorna ainda mais quando se analisa a situação do ponto de vista político. Dois vereadores do PTN, que na semana passada haviam declarado em bloco que votariam a favor da aprovação da Reforma, fazem parte do “motim”.
No mês passado, círculos à toda o boato de que o PTN estaria rachado internamente e que vereadores poderiam inclusive deixar a sigla. O jantar da última semana em que houve o anúncio de união serviria para acalmar o clima do partido, mas aparentemente os desentendimentos continuam vigentes.
Nota originalmente publicada às 10h33 do dia 5