O ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vira Lima, na noite desta segunda-feira (1º), descartou a possibilidade de uma aliança política com o governador Jaques Wagner para as próximas eleições. O peemedebista, durante entrevista no Programa Se Liga Bocão, na rádio Itapoan FM, reafirmou o desejo de ser "o candidato da oposição". Para isso, espera que os quadros das legendas oposicionistas estejam "unidos pelo projeto".
Um dos nomes fundamentais no projeto idealizado por Geddel Vieira Lima é o do prefeito de Salvador, ACM Neto. Apesar de notícias dos bastidores da política baiana darem conta de que o gestor da capital e o governador do Estado estão com conversas bastante avançadas em relação à uma aliança em 2014, o peemedebista acredita que a relação que tem com o prefeito será determinante para que o democrata faça parte do projeto oposicionista."Buscarei o apoio de ACM Neto de forma muito clara. Tenho uma relação muito boa e aberta com ele e quero colocá-lo em meu palanque. Se o meu nome for escolhido para unificar esse projeto, irei para esse enfrentamento com garra, vontade, para que a gente possa ter esperança para mudar a situação do nosso estado. Quero ser (candidato a governador) e me considero absolutamente preparado. Tenho ideias para que a Bahia saia desse marasmo. Mas isso passa por vários fatores. Entre eles, a unidade da oposição e o desejo da população. Se a população achar que o meu nome não preenche todos os requisitos necessários, não tenho problema em apoiar outro candidato", ponderou Geddel Vieira Lima.
Críticas
Como de costume, críticas ao governador Jaques Wagner não faltaram. Em especial à segurança pública. "Advogando em causa própria", Geddel destacou a importância da alternância de governantes "para o fortalecimento da democracia" na Bahia.
"O PT já teve a sua oportunidade e deu sua contribuição muito aquém do prometido. Deixou de fazer muita coisa. A alternância no poder é fundamental para oxigenar e fortalecer a democracia", disse o peemedebista.
"Em relação à segurança pública, o Governo do Estado está demorando demais para implantar o plano de cargos e salários dos policiais militares. Precisamos de uma nova atitude em relação à segurança pública. Falta material humano, qualificação, um projeto claro e uma estrutura eficiente montada", completou Geddel Vieira Lima.
Matéria publicada dia 1º de junho, às 19h02
