Política

"Nós vivemos numa democracia", analisa Dilma sobre protestos no Brasil

Secom
Presidente diferenciou os protestos brasileiros daqueles que aconteceram e ainda estão em curso em outros países  |   Bnews - Divulgação Secom

Publicado em 05/07/2013, às 07h57   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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O discurso mais esperado da longa cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiárido foi o da presidente Dilma Rousseff. A expectativa das centenas de prefeitos, deputados e integrantes dos movimentos sociais foi atendida por uma chefe de Poder Executivo diferente daquela eleita ainda em 2010.

Nesta quinta-feira (4) em Salvador, Dilma em diversos momentos abriu mão do detalhamento técnico para convocar os prefeitos e governadores a atenderem o pacto elaborado para dar respostas às recentes manifestações que tomaram as ruas de todo o país. Embora tenha preferido não adentrar no âmbito técnico do Plano, a explicação já havia sido dada pelos ministros que a antecederam.

Durante o pronunciamento, a presidente diferenciou os protestos brasileiros daqueles que aconteceram e ainda estão em curso em outros países. Quando falou daquele que foi considerado “a Primavera Árabe”, Dilma ressaltou que lá, os manifestantes lutavam pela implantação da democracia e/ou pela dissociação do Estado das questões religiosas.

Destacou ainda que no Brasil, diferente do ocorrido nos Estados Unidos, não houve uma crise pior que de 1929 para justificar tamanha manifestação, como acontece com o Occupy Wall Street. Por aqui, conforme entendeu a presidente, as pessoas buscam o aperfeiçoamento do regime democrático.

“Temos democracia, por isso, nós não temos medo das vozes das ruas. Nós somos de uma época em que havia dificuldade de se dizer o que pensava. Como diz o governador Jaques Wagner, a grande maioria de nós foi forjada nas ruas. Esta presidenta ouviu claramente a voz das ruas. Esta voz é legitima e nós vivemos numa democracia. Faz parte de uma democracia a luta por mais direitos. Principalmente, porque nos últimos dez anos, tanto no governo do ex-presidente Lula quanto no meu governo, nós olhamos para aqueles que mais precisam”. 

Nota originalmente postada às 17h do dia 4

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