Seis vereadores de Salvador, Carlos Muniz (PTN), Kiki Bispo (PTN), Alberto Braga (PSC), Luiz Carlos (PRB), Tiago Correia (PTN) e Toinho Carolino (PTN) almoçavam em um restaurante da Bahia Marina, na companhia de um diretor da Ademi nesta quarta-feira (24), quando acontece a votação que decide sobre o veto da cobrança de ISS a incorporadoras do mercado imobiliário em Salvador. Os líderes da base aliada ao prefeito ACM Neto (DEM) já admitem que será difícil manter a proibição. Segundo o regimento, quem obtiver apoio de 22 dos 43 vereadores da Casa vence a disputa.
Os próprios integrantes da bancada governista estão travando as negociações, que veem como questão de honra a derrubada da medida. O comando da base aliada acha que esta é a melhor chance para deixar as incorporadoras fora do pacote de cobrança do ISS, mesmo com um prazo curto de 15 dias, definido pela Câmara, para análise da matéria.
Caso a prefeitura seja derrotada no pleito, a saída será apresentar projeto de lei pedindo supressão do imposto, o que implica num apoio maior ainda na Câmara, com cerca de 29 vereadores. A derrubada de uma medida de interesse do prefeito deve demonstrar a existência de um baixo grau de fidelidade da bancada governista e pode abrir brecha para transações nas costuras de temas cruciais na prefeitura de Salvador.
A pergunta que não quer calar: “quem vai pagar a conta?”
