Desde a última segunda-feira (22) o Movimento Passe Livre ocupa a Câmara de Salvador, ação que se repete em diversas casas legislativas municipais em capitais de todo o Brasil. A manutenção dos manifestantes no local faz com que nenhuma sessão da Casa seja realizada desde então, mantendo os trabalhos legislativos municipais totalmente paralisados desde então.
O vereador petista Luiz Carlos Suíca diz estar intrigado com o fato de não haver nenhuma sessão desde a ocupação do MPL na Câmara. Para ele, nada impede a continuidade normal dos trabalhos, uma vez que os vereadores da atual legislatura já passaram por outras situações parecidas e sessões não caíram nas respectivas ocasiões. Desde que os militantes chegaram, os dis sequer entram no plenário, que fica totalmente vazio e as sessões não começam por falta de quórum.
“Eu não vejo nenhum motivo para não ter os trabalhos da Casa. Até porque já tivemos outras sessões com muito mais gente, muito mais manifestantes, aplaudindo e dando vaia em vereadores. Então a ocupação em si, no meu modo de ver, não atrapalha os trabalhos. Acho que precisa ser reavaliado isso”, opinou. Segundo ele, quando os edis tomam uma atitude de paralisar a vida legislativa por conta de protestos, o processo só se tenciona ainda mais.
Suíca disse, porém, que este entendimento é apenas seu próprio e não necessariamente é compartilhado pela oposição de uma maneira geral. Ele afirma também que o bloco não se reuniu em nenhum momento para debater o tema e tentar convocar uma sessão mesmo com a ocupação em curso. Caso esta seja a opinião dos vereadores do bloco, Suíca defende uma reunião com a direção da Câmara para comunicar o desejo de continuidade dos trabalhos.
Matéria originalmente publicada às 16 horas do dia 26 de julho
