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Lixo de Salvador: vereador exige transparência em licitação

Bocão News
De acordo com Suíca, o negócio movimenta R$ 240 milhões por ano   |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 20/08/2013, às 18h33   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), declarou que a licitação para contratação de empresa que realizará serviços de limpeza e recolhimento de lixo na capital baiana deve ter o máximo de transparência.

“Não deve ser e não será um jogo de cartas marcadas. Asseguro como oriundo do movimento sindical dos trabalhadores em limpeza e como vereador que estaremos atentos e impediremos quaisquer manobras. A licitação para limpeza urbana não deve ser um lixo. O Ministério Público da Bahia deve ficar atento”, declara.

Ana Angélica Rabello, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA) afirma que para o sindicato o que interessa não é o nome da empresa e sim que todos os direitos trabalhistas e conquistas da categoria sejam respeitados. “Essa garantia só pode ser dada se um processo licitatório correto for efetuado. Já se fala no afastamento da Torre do processo. Como ficam os trabalhadores da empresa?”, questiona a sindicalista.

Atualmente, a coleta de lixo em Salvador é feita por cinco empresas. A Revita, responsável por 60% do trabalho, partilha o serviço com a Torre, Jotagê, Viva e Amaral. Em 2010, elas firmaram com a prefeitura um convênio com validade de um ano, renovável por mais seis anos, no valor de R$ 19 milhões mensais.

Suíca acrescenta que leu com “apreensão suposições de que o grupo BTG, banco que pertence a André Esteves, seria um dos vencedores da licitação. Mesmo sendo apenas uma hipótese é algo que nos preocupa. Pouco me importa a empresa que será vencedora, porém, exigimos que o processo seja transparente e que a empresa ou empresas selecionadas ofereçam de fato propostas mais vantajosas para fornecimento prestação de serviços para Salvador através de qualidade e menor preço”.

De acordo com o edil, o negócio movimenta em torno de R$ 240 milhões por ano não pode ser tratado com boatos e nomes serem apontados sem que nem mesmo as propostas tenham sido apresentadas.

Feira de Santana – o Bocão News vem publicando uma série de reportagem com denúncias sobre a situação da administração do lixo na cidade de Feira de Santana. Lá, a disputa licitatória envolve duas empresas - a Viva Ambiental e a Sustentare. Mas, por trás desta disputa - cujo contrato possui valores que excedem os demais da atual gestão - há denúncias envolvendo a empresa Sustentare.

No dia 12 de julho, o Bocão News esteve na cidade e conversou com os moradores do bairro de Nova Esperança em Feira de Santana foi constatado que eles vêm sofrendo com o forte odor do lixo há décadas. A região abrigava o antigo “Lixão, agora desativado, do segundo maior município da Bahia. Na mesma localidade, atualmente está o Aterro Sanitário da Sustentare, Serviços Ambientais - empresa contratada para resolver o problema de destinação dos resíduos da cidade.

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