Nesta quarta-feira (21), o governador Jaques Wagner fez a última das três reuniões que agendou desde o começo da semana para discutir com os aliados da gestão os problemas enfrentados atualmente pelo governo. O encontro ocorreu na Governadoria juntamente com deputados estaduais e representantes de partidos da base, além do vice-governador Otto Alencar.
Na segunda e terça, os encontros tinham sido fechados entre presidentes de partidos da base e os secretários de estado. A pauta foi o esclarecimento geral das dificuldades do governo atualmente. De acordo com o presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, entre os principais problemas lamentados por Wagner foi a diminuição do repasse do Fundo de Participação dos Estados.
“O governador disse que, no último repasse, a Bahia perdeu mais de R$ 100 milhões. Toda a reunião de hoje girou em torno exatamente do que foi discutido nos outros dias. Basicamente nos explicando serenamente tudo o que está acontecendo, ressaltando a questão do custeio da máquina. Nos solicitou cuidado e economia com o custeio”, explicou.
Por sua vez, o deputado estadual Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa, disse ter notado o governador tranquilo ao expor os problemas, mas determinado a solicitar que os aliados alinhem o discurso para enfrentar as dificuldades. Para o petista, a crise que o estado atravessa tem seu nascimento nas crises econômicas mundial e brasileira, de forma que não há como se isolar do contexto geral.
Mesmo assim, Neto ressaltou que a Bahia, atualmente, é o 3º estado em saúde fiscal do mundo e outros estados que são considerados como mais bem-sucedidos atualmente – a exemplo de Minas Gerais e Pernambuco – estão em situação “delicadíssimas”. “nós temos perspectivas de ajustes absolutamente reais. Vamos enfrentar esta situação com segurança porque estamos muito melhor que outros estados”, disse Neto.
Wagner também aproveitou para repassar aos aliados as novas diretrizes da Secretaria da Fazenda, pasta que agora está sob o comando de Manoel Vitório. O secretário estava na Administração e foi remanejado para o lugar de Luiz Alberto Petitinga. A substituição ocorreu na última semana após uma gestão que, no entendimento dos adversários de Wagner, não conseguiu desfazer anos de má-administração da máquina estadual capitaneados pelo atual presidente da Companhia de Trens de Salvador, Carlos Martins.
Publicada no dia 21 de agosto de 2013, às 15h22
