O vereador da cidade baiana de Itabuna precisou entrar na Justiça para receber seu salário. Solon Pinheiro (DEM) alega estar sendo politicamente perseguido pelo presidente da Câmara, Aldenes Meira (PCdoB) e, desta vez, a investida do colega teria se traduzido em uma ação deliberada contra seu mandato.
Segundo Pinheiro o não pagamento do salário de agosto foi uma ordem do presidente, que administra também as finanças da Casa. Todos os outros edis haviam recebido seu salário na última terça-feira (20), mas o demista deu por falta do seu dinheiro e foi questionar o motivo. Ouviu que não receberia o dinheiro e pronto.
Por conta disto, Pinheiro acionou a Justiça e obteve determinação do juiz Ulisses Salgado, da Vara da Fazenda Pública. Segundo o magistrado, o presidente tem 24 horas para pagar o salário do colega ou então terá de arcar com uma multa diária de R$ 5 mil. O presidente da Câmara afirmou que tinha um motivo legal para não pagar o salário de Pinheiro.
“Pela lei o salário tem que ter pago até o último dia do mês, mas criaram o habito de pagar dia 20. Só que no caso de Solon, o seu mandato está sub judice, ele pode perder o cargo, e se eu pagar antes e ele perder o mandato, vou ter problema no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM)”, disse Meira ao Políticos do Sul da Bahia. O vereador adicionou ainda uma sugestão para que Solon procure o Ministério Público para se inteirar do assunto.
Nota originalmente postada às 17h do dia 25
