Política

Eleição do PT: após naufrágio do “chapão”, petistas querem pensar adiante

Imagem Eleição do PT: após naufrágio do “chapão”, petistas querem pensar adiante
Em entrevista exclusiva ao Bocão News, Everaldo Anunciação defendeu, desta vez, a diversidade do partido  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/09/2013, às 06h17   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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Nas primeiras articulações para a sucessão de Jonas Paulo à presidência do Partido dos Trabalhadores na Bahia dava-se como certa a unanimidade em torno da candidatura do secretário de Organização do partido, Everaldo Anunciação. Os discursos iniciais do candidato também caminhavam neste sentido. Mas, com a candidatura do jornalista Ernesto Marques e outras três, as tendências internas tiveram que mudar de estratégia e, em consequência, o discurso acalorado.

Apesar das visíveis mudanças, em entrevista exclusiva ao Bocão News, Anunciação garante que não será necessário mudar, mas que é preciso pensar adiante. “Nosso maior desafio é pensar para frente, não olhar pelo retrovisor e pensar no futuro. Esse é o desafio e foi nesse intuito que eu disponibilizei meu nome aos companheiros e companheiras de grande representatividade que disseram que a gente teria que pensar o PT para esse momento”.

Ele nega que a ideia do “chapão” tenha naufragado e defende agora a “diversidade”. Construir consenso é o limite da unidade, mas construir o consenso é você construir uma posição majoritária. Não existe ainda na história do PT em uma eleição, a nível nacional ou estadual, com chapa única. O PT tem essa diversidade. Se tivéssemos 100% disso nós poderíamos economizar energia e bateria para um embate maior que são as eleições que nós vamos disputar contra adversários, que esses sim precisam ser derrotados”.

Os aliados de Anunciação chegaram a estimar alcançar 75% dos votos, dos 42 mil filiados que estão aptos a votar no Processo de Eleição Direta (PED), no dia 10 de novembro. Em relação a esta estimativa, o secretário do PT afirma não ter vaidade nenhuma para ultrapassar o atual presidente Jonas Paulo – que obteve 72% no último PED.

“Essa eleição específica do PT, com um colégio eleitoral previamente definido, e se tem uma correlação e representação de correntes organizadas é diferente do voto avulso que você vê na sociedade, um voto não ideológico e não organizado. Isso nos permite a uma prospecção de que com esses apoios seja possível que cheguemos a isso. A maior eleição do PT até hoje de presidente foi a de Jonas Paulo que atingiu 72%. Eu não tenho nenhuma vaidade e não sou orgulhoso, não gostaria nem de ultrapassar esse percentual. Até porque o PT elege seu presidente com 50% mais 1 dos votos, isso já seria para mim extremamente gratificante”.

Leia a entrevista de Everaldo Anunciação na íntegra.


Publicada no dia 24 de setembro de 2013, às 16h40

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