Luiz Argolo só vai para o Solidariedade se o partido ficar com Wagner

Publicado em 27/09/2013, às 10h06 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)

O deputado federal Luiz Argolo está com as conversas avançadas para ingressar no partido Solidariedade. Em conversa com a reportagem do Bocão News, o parlamentar explica que a decisão está condicionada à liberação dos diretórios estaduais da nova sigla em relação aos acordos traçados na esfera federal.

Argolo sustenta que tem uma relação fraterna com o governador Jaques Wagner e assim como o próprio Marcos Medrado, virtual presidente estadual da legenda, deve continuar na base do petista por aqui, independente das costuras nacionais.

Atualmente no PP, o deputado ressalta que a possível saída não está respaldada em problemas pessoais com as duas principais lideranças dos pepistas – Mário Negromonte e João Leão -. Ao contrário, faz questão de enaltecer os quadros, contudo, defende a necessidade de se pensar estrategicamente e aproveitar a oportunidade de ingressar em um partido em formação.

Um papel entre os protagonistas de uma nova sigla é o que vem atraindo outros quadros para os partidos que se criam. Na Bahia, é comum que partidos como o PP e PMDB – que perdeu Arthur Maia também para o Solidariedade – sejam comandados por um grupo político. Há pouco espaço para o crescimento.

No caso de Argolo, ele pondera que além deste fato, as bases políticas dele disputam espaço em alguns municípios com quadros do PP. Citou o também deputado federal Roberto Britto.

Paulinho da Força

Conhecido desafeto do governo Dilma Rousseff, o idealizador e futuro presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (ex-PDT), entrou em contato com Argolo no início desta sexta-feira para garantir ao deputado que as declarações atribuídas a ele e amplamente divulgadas na imprensa nacional deturparam o que foi dito.

Ele se refere à condição de que o Solidariedade já nasce para fazer oposição a qualquer governo do PT. De acordo com Argolo, Paulinho tem a opinião formada sobre isso, mas deve submetê-la ao conjunto de lideranças nacionais para depois fechar questão. “Espero que mantenham os diretórios estaduais livres. A política regional é diferente da nacional”.

Nota originalmente postada às 18h do dia 26

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