Política

Eleições PT: jornalista critica relação “gelatinosa” entre prefeitura e governo

Imagem Eleições PT: jornalista critica relação “gelatinosa” entre prefeitura e governo
Ernesto Marques quer que o PT faça realmente oposição ao DEM  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/10/2013, às 08h53   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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Em entrevista exclusiva ao Bocão News, o jornalista e candidato à presidência do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Ernesto Marques, criticou a aproximação do PT ao DEM de ACM Neto em Salvador. Para ele, a relação “gelatinosa” do governo do estado na gestão de João Henrique prejudicou o partido nas urnas em 2012. Desta vez, o PT deve fazer o sue papel de oposição.

“Uma coisa é a gente falar sobre política de alianças. Fazer alianças é fundamental, mas misturar água com óleo é um pouco complicado. No caso de Salvador, nós não podemos ter dúvidas de que a chegada de ACM Neto à prefeitura representa a reaglutinação de um campo que jamais será no passado, mas que traz esse acúmulo de uma força política, ideologicamente posicionada à direita com práticas políticas que tem a ver com as piores tradições. A nossa obrigação é fazer oposição muito firme e contundente”, critica.

Marques explica que fazer oposição nada tem a ver com a relação respeitosa que os poderes estadual e municipal precisam ter. “Isso não se confunde com uma relação institucional civilizada que é natural que aconteça entre governo do estado e prefeitura. Água e óleo não se misturam. E deixar essa coisa meio gelatinosa como foi no caso a postura do governo na gestão de João Henrique deu aquele resultado nas urnas no ano passado. A relação precisa acontecer respeitosa, mas muito clara entre adversários. Nós somos adversários do partido Democrata”.

PED – O jornalista avaliou positivamente as articulações internas entre parlamentares e vereadores no Processo de eleição Direta (PED) em Salvador. Mas para ele é um erro reduzir o processo a apenas uma guerra de cargos. “É um erro reduzir o processo a um duelo de titãs. Não é uma briga apenas dos interesses ou das pretensões pessoais desses companheiros que são absolutamente legítimas. Mas, o que está em disputa é muito mais uma visão de qual é a política que nós queremos implementar no PT a partir de agora. Qual é o partido que o Brasil está reclamando e que nós devemos ser? Qual projeto nós temos para o PT e a partir daí o que nós queremos oferecer de opção para a sociedade baiana e brasileira?”, questiona.


Nota originalmente postada às 18h do dia 30

Veja o vídeo da entrevista na íntegra.


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