Petistas baianos defendem condenados do Mensalão

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Jonas Paulo, defendeu ferrenhamente os condenados petistas no processo do Mensalão, na manhã deste sábado (16). Ao Bocão News, o líder da sigla criticou a atuação do Poder Judiciário na questão. “Isso ainda demonstra que vivemos em uma democracia desequilibrada com um Judiciário instável e frágil diante dos poderes econômicos e políticos”.

O petista baiano ainda asseverou que os condenados são presos políticos, na tentativa de prejudicar o projeto petista dos últimos anos. Jonas, que foi relator da Comissão de Ética Nacional do PT no caso Delúbio Soares em 2005, afirmou que não encontrou provas na época. “Sem provas, sem culpa e sem nexo com a verdade”.

Na defesa por José Genoíno e José Dirceu, o presidente baiano caracteriza a acusação como “absurda”. “Genoino, em cinco mandatos federais nunca trabalhou com emenda parlamentar para não se comprometer com interesses econômicos, ser condenado por falcatrua financeira entre partidos e deputados. Para Dirceu. Só o fato de ser o cérebro de um projeto que derrotou as elites e operou a desprivatização do Estado brasileiro, que era refém até dos conglomerados econômicos da mídia oligopolizada".

Apagando o fogo

O presidente eleito pela sigla na Bahia, Everaldo Anunciação, já precisou contornar os primeiros problemas. Ao Bocão News, também afirmou que trata-se de uma condenação política e reforçou a crítica ao Judiciário. “Caixa 2 é um absurdo. O PT jamais faria isso. Agora, a Justiça tem obrigação de investigar o ‘mensalão tucano’, e realmente cumprir a lei como deve ser”.

Como solução, o novo líder, que tomará posse no dia 30 de novembro, acredita que a reforma política é o caminho. “Só assim conseguiremos acabar com o financiamento de campanhas, passando a ser público”.

Mensalão Tucano

O PT já se prepara para contornar as acusações que a oposição fará no pleito do ano que vem. Sobre o caso, a presidente Dilma Rousseff ainda não se pronunciou publicamente e de acordo com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, não o fará.

A estratégia é manter o silêncio. "Nós temos um acordo de não falar sobre esse assunto". Entretanto, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, divulgou nesta uma nota oficial para criticar os mandados de prisões. Segundo ele, a decisão do STJ “constitui casuísmo jurídico e fere o princípio da ampla defesa”.

Com isso, os tucanos devem se preparar para a cobrança da presidente para que as penas sejam aplicadas com a mesma rigorosidade que foi aos petistas.

Publicada no dia 16 de novembro de 2013, às 10h55