Política

População de Salinas sofre com transtornos do Estaleiro Enseada do Paraguaçu

Imagem População de Salinas sofre com transtornos do Estaleiro Enseada do Paraguaçu
Obra no Recôncavo Baiano teve um investimento privado de R$ 2,6 bilhões  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/11/2013, às 18h18   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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Após décadas de esquecimento, alguns municípios do Recôncavo Baiano já sentem os impulsos positivos por conta da construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) no distrito de São Roque, localizado em Maragojipe, na Bahia. O grupo formado pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos S.A., a OAS Investimentos S.A. e a UTC Participações S.A. Em 2012, a Kawasaki Heavy Industries Ltda. é o responsável pela implantação do EEP.

Com previsão de conclusão em 2014
, serão construídos na unidade seis navios-sonda de perfuração offshore, do contrato firmado em 2012 com a Sete Brasil, no valor global aproximado de US$4,8 bilhões. A obra teve um investimento privado de R$ 2,6 bilhões, e deve gerar cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos.



No entanto, apesar das boas expectativas que a construção do EEP traz, municípios como Salinas das Margaridas ainda não sentem o impacto positivo da indústria naval.  Uma das reclamações de moradores da cidade, que entraram em contato com o Bocão News, é que o antigo prefeito Wilson Ribeiro Pedreira, trouxe prejuízos para a cidade quando apenas doou um terreno para o EEP para que fosse feito um aterro sanitário. Além disso, outros denunciaram os estragos que estão sendo feitos nas estradas de Salinas e Maragojipe. A prostituição infantil, praticada por alguns motoristas de caminhão, também esteve na pauta de reivindicações.


Consciente dos problemas que o município enfrenta, em conversa com o Bocão News, o prefeito da cidade, Jorge Castellucci (PV), acredita que uma possível parceria com o governo pode melhorar a situação. “É um empreendimento de grande porte que vai ser muito importante para nossa região, está gerando empregos. Salinas é mais próxima do estaleiro do que Maragojipe e não tem tanto benefícios”, lamenta.



Humberto Rangel - Diretor do Estaleiro


A situação foi parar na Câmara da cidade. Segundo o vereador Jorge Teixeira, conhecido como 'Terrinha', os edis vão discutir a situação do aterro sanitário, e da água que estaria sendo desviada do muncípio para o estaleiro. "Tirando nossa água vai nos causar um impacto grande porque não temos esse potencial de água. As caçambas realmente estão destruindo o município. O nosso calçadão está estragado. O estaleiro usufrui do município, mas o município não tem retorno", dispara.



A reportagem tentou entrar em contato com o escritório do Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A., localizado na avenida Tancredo Neves, em Salvador, e também com o escritório da cidade de Maragojipe, por meios de números fixos de telefone mas não conseguiu falar com nenhum representante do grupo. No entanto, a equipe de comunicação procurou o Bocão News e prometeu se manifestar sobre o caso.

Publicada no dia 27 de novembro de 2013, ás 12h36
Atualizada às 15h57


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