Política

O Cauc de Wagner: Tá igual a morcego. De cabeça pra baixo, dispara Colbert

Imagem O Cauc de Wagner: Tá igual a morcego. De cabeça pra baixo, dispara Colbert
Deputado comentou a inclusão da Bahia no Cauc e respondeu a Zé Neto  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/12/2013, às 11h33   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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Os ânimos entre Governo e oposição subiram após a notícia sobre a inclusão da Bahia no Cadastro Único de Convenientes (Cauc). De um lado, a Secretaria da Fazenda do Estado informa que a Bahia já voltou à condição de regularidade no Cauc, após a resolução de pendências meramente burocráticas relacionadas a divergências de valores 
de GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Estadual).
Mas, a nota divulgada na imprensa não convenceu os opositores. Entre os que comentaram o assunto está o líder do PMDB baiano, Geddel Vieira Lima. Para o pemedebista, ter o nome no Cauc – o que não permite que o Estado contraia empréstimo - mostra a incapacidade de gerenciamento do governo. “E o governo da Bahia se diz o maior amigo do governo federal, mas contra fatos não há propaganda. Dizendo que a Bahia quer mais, mas será que eles têm condições de dar mais?”, critica o presidente do PMDB baiano.
Para rebater as declarações do ainda vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Ecônomica Federal, o líder do Governo, Zé Neto, não mediu esforços e disparou: “Essa situação do campus é uma rotina meramente administrativa. Não se trata nem às vezes de débito, é mais um processo de informação que às  vezes por uma situação administrativa o órgão não passa adequadamente e  na rotina de qualquer município no estado pode acontecer dessas  informações gerarem estes ruídos. Inclusive estamos tão tranquilos do ponto de vista econômico que vamos  fazer um empréstimo e vamos pedir R$ 1,2 bilhão à Assembleia  Legislativa junto a Banco do Brasil”.
Entretanto, no bate-boca já formado o deputado federal Colbert Martins (PMDB) também quis dar uma apimentada no assunto e respondeu a Zé Neto como todo bom 'índio' que defende seu cacique. Em contato com a redação do site Bocão News, o pemedebista informou que "hoje a Caixa Econômica Federal assinou um contrato aqui em Feira, um convênio de R$ 90 milhões para a implatação do BRT - (sigla inglesa para Transporte Rápido de Ônibus). Esse contrato só foi possível porque Feira não está no Cauc. Se fosse pelo Governo este convênio poderia estar perdido", criticou o parlamentar, garantindo que o Estado ainda está irregular.
O deputado ainda ressaltou que o próprio Zé Neto participou da assinatura do convênio. "Ele estava aqui saltitante, radiante, em uma felicidade só". E reforçando as críticas ao Governo, Colbert Martins pontuou que "o principal caso do Cauc são os débitos previdenciáveis. Isso é um problema. Feira conseguiu o convênio porque não está no Cauc, caso contrário, tinha perdido os R$ 90 milhões. Zé Neto deveria se voltar hoje muito mais para as perspectivas de regularizar a situação. É importante que o Governo arranje dinheiro. Não dá pra dar desculpas. É simples. Pagou, resolveu. É muito prático. Até porque o débito é da previdência, trata-se de aposentados", comentou.
Para não perder a oportunidade, o deputado federal levantou um problema do Governo já cobrando solução. De acordo com o parlamentar, foram investidos R$ 13 milhões no Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana, "por sinal de muito boa qualidade e beneficiou 240 famílias que estão hoje no Residencial Água Verde. Mas, a avenida Sérgio Carneiro, que dá acesso a este residencial, está intrasitável", afirmou Martins. Conforme o pemedebista, esta Avenida é uma estrada de responsabilidade do governo estadual que liga Feira à Irará, "por isso o Governo tem que consertar. Tá com mais buraco do que na lua", alfinetou.
Sobre o ataque feito a Geddel, o deputado, em tom de conselho, mandou um recado para o líder do Governo que, segundo ele, fez uma manobra viabilizando a ofensa. "Tem que resolver. Quem deve paga. O que não dá é para fazer jogo de secreção política para desviar o assunto. Pagou tá resolvido. Só por esse caminho resolve. Não sei qual é a dificuldade. Ao invés de gastar palavras, devia estar pagando. Para ele se acalmar manda tomar um chá porque o Governo tá igual a morcego. Pendurado de cabeça para baixo", rebateu.

Nota originalmente postada às 17h do dia 21

Classificação Indicativa: Livre

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