Movimentos sociais também entram com ação contra IPTU

Publicado em 13/02/2014, às 07h45 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)

Além da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) e partidos políticos entrarem com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a cobrança do IPTU de Salvador, movimentos sociais também querem a judicialização da lei.

Em meio a manifestação realizada pelas entidades na tarde desta quarta-feira (12), na Câmara de Vereadores, a dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Marilene Betros, afirmou que as lideranças já preparam o documento.

A falta de diálogo com o prefeito também é uma das queixas das entidades que se dizem insatisfeitas com a cobrança, considerada abusiva. “A população pobre não pode pagar de uma forma tão malvada”. A dirigente também garantiu que além das manifestações, os movimentos organizam um abaixo assinado para que a cobrança seja suspensa.

De acordo com João Pereira, presidente da Federação das Associações de Bairros de Salvador (Fabs), o prefeito ACM Neto (DEM) ainda não convidou as entidades para um debate. “Nós continuamos abertos e queremos ouvir, mas isso não impedirá nossas ações”, acrescentou Betros.

A manifestação promovida pelas entidades nesta terça deixou a desejar. Prometida como um "grande ato que queimaria os carnês do IPTU", o ato se tornou tão político quanto o debate. Os vereadores Gilmar Santiago (PT), Vânia Galvão (PT), Aladilce Sousa (PCdoB), Hilton Coelho (Psol), Silvio Humberto (PSB) e Fabíola Mansur (PSB), acompanharam a movimentação, em meio à discursos aflamados dos outros edis. A queima de carnês não ocorreu devido a uma manifestação de diálogo por parte do prefeito ACM Neto, justificou Pereira.

Publicada no dia 12 de fevereiro de 2014, às 17h42

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