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“Argôlo não pode se esconder. Tem que se manifestar”, cobra Chico Alencar

Imagem “Argôlo não pode se esconder. Tem que se manifestar”, cobra Chico Alencar
Vice-líder do Psol na Câmara conversou com reportagem do Bocão News  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/05/2014, às 20h25   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)




O vice-líder do Psol na Câmara Federal, deputado Chico Alencar (RJ), responsável pela representação junto ao Conselho de Ética da Casa contra o deputado Luiz Argôlo (SDD), cobrou em entrevista ao Bocão News na noite desta quarta-feira (7) um posicionamento do parlamentar baiano.

“Ele tem que aparecer e se manifestar. Não pode ficar escondido. Ele tem que mostrar essa relação indevida, que não foi só com ele, que era do PP [Partido Progressista]. Há uma malha muito grande para ser desvendada para o bem do parlamento”, acusou.

Segundo Alencar, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), deve indicar o relator na próxima semana, que terá o prazo de mais sete dias para analisar a admissibilidade da representação. "O processo no Conselho de Ética é mais objetivo, o que evita a postergação das investigações", explicou.

Argôlo é acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso na operação "Lava Jato", da Polícia Federal. Entre as suspeitas, conforme a PF, está a compra de bezerros no valor total de R$ 110 mil pagos pelo doleiro e entregues a Argôlo.

“Em primeiro lugar, as investigações da Polícia Federal revelam indícios robustos de uma relação inadequada do deputado com o doleiro que ofende dois princípios: usar a prerrogativa do mandato para o benefício pessoal e a obtenção indevida de recursos", condenou.


Para o vice-líder do Psol, Argôlo não deve contar com o apoio do seu partido, fundado em novembro do ano passado e liderado pelo deputado federal Paulinho da Força. “Ele não vai ter a solidariedade do Solidariedade”, prevê.
Além do Conselho de Ética, Argôlo, que não registra presença na Câmara há duas semanas, também responde a uma representação junto à Corregedoria da Casa. Desta vez foi o PPS que cobrou explicações. O corregedor Átila Lins (PSD) já tentou notificar o parlamentar baiano, mas não obteve sucesso em duas tentativas. Nesta quarta (7), caso Luiz Argôlo não dê às caras no Congresso, ele será notificado pelo Diário Oficial da União (DOU) e terá prazo de cinco dias para se manifestar.

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