Política

Sem renúncia, Argolo pode ter mandato cassado e ficar inelegível

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Conselho de Etica da Câmara abriu, nesta manhã, processos para apurar quebra de decoro  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/05/2014, às 07h46   Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)




O relator do processo que pode ocasionar a cassação do mandato do deputado federal Luiz Argolo será conhecido amanhã. Na listra tríplice, formada a partir de sorteio, tem os deputados Marcos Rogério (PDT-RO), Isalcir Ferreira (PSDB-DF) e César Conago (PSDB-ES). O presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar é quem vai fazer a escolha.


O Conselho de Ética da Câmara decidiu nesta quinta-feira (14) instaurar processo para analisar suposta quebra de decoro parlamentar do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA). O pedido de abertura do processo havia sido protocolado pelo PSOL. O deputado é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por liderar de esquema de lavagem de dinheiro em todo o país.


A partir de amanhã, o deputado Luiz Argolo terá um prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa. Segundo o ex-presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), as chances de seu colega de estado ser absolvido são praticamente inexistentes. “A situação dele é muito complicada. Existem fatos”, assevera Araújo ao Bocão News.

O pedido de investigação contra Argôlo foi apresentado pelo Psol e pela Mesa Diretora com base em reportagens da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo que citam mensagens trocadas entre o doleiro e deputado sobre a transferência de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, Vanilton Bezerra. De acordo com a Folha, Argôlo também teria recebido do doleiro dois caminhões de gado.

Dois Processos - A representação da analise pela Corregedoria proposta pelo líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR) também foi acolhida pelo Conselho de Ética. Os dois processos vão ser apensados, mas o relator será o mesmo para que não haja dois pareceres diferentes, um propondo a cassação, por exemplo, e o outro não.


Youssef foi preso pela Polícia Federal em março por suspeita de participar de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Nota originalmente publicada às 10h34 do dia 15/05

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