Política

CPI da Petrobras: Gabrielli respondeu cerca de 200 perguntas

Imagem CPI da Petrobras: Gabrielli respondeu cerca de 200 perguntas
O próximo convocado a depor no Senado é o ex-diretor Nestor Cerveró  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/05/2014, às 06h17   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Na manhã desta terça-feira (20), o secretário de Planejamento do Estado, José Sérgio Gabrielli, prestou depoimento na CPI da Petrobras, no Senado. Em menos de uma hora, incluindo a exposição inicial de 20 minutos, o petista que administrou a estatal entre os anos de 2005 e 2011, respondeu as primeiras 76 perguntas feitas pelo relator José Pimentel (PT-CE). No total, Gabrielli respondeu cerca de 200 perguntas em aproximadamente três horas.
Um dos principais assuntos mais esperados foi o prejuízo causado à petrolífera com a aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O petista afirmou na oportunidade que a a refinaria é um empreendimento que “passou por momentos ruins e voltou a ser um bom negócio”. Ele detalhou que os momentos ruins foram vividos durante a crise econômica mundial e da mudança do mercado de petróleo com a descoberta do gás de xisto em território americano. 
No entanto, segundo o executivo, o quadro mudou novamente em 2013, e hoje trata-se de uma unidade lucrativa, por conta da existência de óleo leve e barato no Texas para ser processado. “Essa empresa não pode ser qualificada como uma empresa mal gerida, como uma empresa que está em crise.”
Em abril, ao participar de audiência na Câmara, Gabrielli admitiu que todos os detalhes do negócio não eram conhecidos por todos os integrantes do conselho de administração da estatal, que à época era presidido por Dilma, então ministra-chefe da Casa Civil.

Ao contrário de declarações anteriores, de que a presidente Dilma Rousseff precisava assumir sua responsabilidade no negócio de Pasadena, o petista isentou a presidente de responsabilidade no negócio. Na época, Dilma comandava o conselho de administração que aprovou a compra da unidade, que gerou prejuízo de cerca de US$ 530 milhões à Petrobras. A Dilma Rousseff alegou ter aprovado a compra de 50% de Pasadena em 2006 porque não tinha, na época, conhecimento de duas cláusulas do contrato.


Na ocasião, ele também defendeu a nomeação de seu primo José Orlando Azevedo para presidir a Petrobras America entre 2008 e 2012, período da disputa judicial com a Astra Oil que resultou na aquisição da refinaria de Pasadena. Ele foi afasto pela atual presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em 2012, e desde então passou a exercer o cargo de diretor comercial da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da estatal. Pouco tempo depois acabou demitido do novo posto em março deste ano. "Eu veto porque é meu primo? Ou nomeio e comunico as autoridades? Essa era minha dúvida. Quando cheguei à Petrobras, eu era conhecido como o primo do Zé Orlando, que começou lá em 1978", pontuou.
Gabrielli é o primeiro a depor na CPI da Petrobras, no Senado. O próximo convocado a depor na CPI é o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, na quinta-feira (22), às 10h15. Já no dia 27 deste mês, é a vez da atual presidente da estatal, Graça Foster.

Foto: Arquivo // Bocão News


Publicada no dia 20 de maio de 2014, ás 14h03

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