Política
Publicado em 16/07/2014, às 06h15 Cíntia Kelly (Twitter: cintiakelly_)
A licitação do transporte público de Salvador promoveu uma racha entre o governo municipal e estadual e ganha contornos ainda mais dramáticos por conta das eleições de outubro. Quem conseguir destravar o problema que se tornou a mobilidade urbana da capital baiana pode ganhar a simpatia dos cidadãos e eleitores. Nessa perspectiva, brigam ACM Neto e Jaques Wagner. Hoje, em entrevista a rádio Metrópole, eles usaram prepostos. De um lado o líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), do outro o secretário de Transporte, Fábio Mota (PMDB), cada qual defendendo seu interesse.
Zé Neto criticou a outorga de R$ 160 milhões cobrados pela prefeitura ao consórcio que ganhar a licitação e mandou recado a ACM Neto. “É ele que tem que pagar tudo. Empresário não paga nada. Ele quer é lucrar com transporte, prefeito”.
Ao ser questionado pelo apresentador Zé Eduardo se o governo vai tentar barrar a licitação na Justiça, Zé Neto tergiversou. “Precisamos de serenidade para tratar o assunto”. Logo em seguida, o secretário Fábio Mota rebateu o deputado petista. “Ele está fazendo politicagem com coisa séria”, alfinetou.
Segundo o secretário, a cidade está há 40 anos sem fazer licitação do transporte público e defende os moldes da disputa. “Vai mudar a configuração com ônibus novos, com GPS, climatizados, terá abrigo de ônibus, os usuários vão poder acompanhar a linha que utilizar”.
Fábio Mota disse ainda que os R$ 160 milhões serão empregados em infraestrutura relacionada à mobilidade. Finalizando a entrevista, ele provocou Zé Neto. “Ele não tem conhecimento. (...) Se ele quiser posso debater sobre o processo. Se ele quiser posso ir à Assembleia legislativa, ou vir à radio, na TV. Ele precisa estudar mais”.
Nota originalmente postada dia 15
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