Política

Em Recife, Lídice diz que novo cenário nacional lhe beneficia na Bahia

Imagem Em Recife, Lídice diz que novo cenário nacional lhe beneficia na Bahia
Candidata disse que eleição estava morta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/08/2014, às 06h18   David Mendes - Recife (Twitter:@__davidmendes)



A candidata ao governo da Bahia pelo PSB, Lídice da Mata, afirmou neste domingo (17) que a entrada de Marina Silva na disputa pela presidência da República e a comoção em torno da morte de Eduardo Campos podem beneficiar sua campanha rumo ao Palácio de Ondina.

“Primeiro, a grande diferença é que a eleição estava morta. Os políticos estavam falando, mas o povo ainda não tinha ainda se incorporado nessa discussão. O choque com a morte de Eduardo voltou a atenção do Brasil inteiro para as eleições, e isso já é um novo cenário. E eu posso ser beneficiada porque o que estávamos vendo na Bahia era o fim da política. De um lado uma candidatura que não apresentava novidades, como a do DEM, e outra candidatura que estava tentando vencer pela arrogância, que era a do PT. A arrogância de dizer que vai ganhar no primeiro turno, estando em terceiro lugar, confiando na máquina, fazendo pesquisa colocando um candidato com três apoios e outro com um só, nada contra o instituto de Marcelo Nilo (Babesp), sei que é seríssimo, mas isso é uma tentativa de interferência na opinião do cidadão”, afirmou, após a missa campal realizada no Palácio Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, em Recife, local onde é realizado o velório de Eduardo campos, morto em um acidente aéreo na última quarta (17).

Lídice afirmou ainda que é a única candidata entre os três primeiros colocados que não está de “sapato alto”. “Os outros dois (Souto e Rui) estão, cada um do alto do seu saber. Um do alto da ideia que está na frente (das pesquisas), e outro com seus apoios e a máquina púbica estadual e, por isso, diz que vencerá no primeiro turno. Mas isso é uma coisa que não passa pela política. Passa pelo escolhido, não pelo povo”, criticou.

A senadora, que é vista como a terceira via no pleito baiano, diz que tem mais chances de disputar um segundo turno e reconhece que, sem ela na corrida sucessória, Paulo Souto, que encabeça a principal chapa oposicionista ao governo da Bahia, venceria as eleições já no primeiro turno. “Quem lembra o início da campanha na Bahia? Paulo Souto se apresentava com dois dígitos e o candidato do governo um dígito só. Se nesse tempo todo não tivesse mantendo um percentual de mais de 10%, para quem iriam esses votos? Há uma rejeição larga da população ao debate político. Eles dizem: ‘nós vamos ganhar, os eleitores veem por gravidade’. Mas isso é um discurso insuportável e as pessoas não aceitam mais isso”, defendeu.


Publicada no dia 17 de agosto de 2014, às 14h48

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