A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, disse nesta sexta-feira (5) que sofre perseguição do PT e do PSDB por conta do seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto.
Marina disse que seus adversários vivem "situação de quase desespero". Ela citou a atitude da campanha da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) de abrir investigação sobre a renda que obteve com palestras nos últimos anos. Segundo a presidenciável é uma tentativa de criar "factoides". "Sempre foi uma demanda espontânea, nunca tive tabela (de preços) para as minhas palestras", disse a candidata ao alegar que já fez palestras por R$ 1 mil. Segundo Marina, depois de ter deixado o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Lula, ela passou a trabalhar com o que sabe, que é a "defesa do desenvolvimento sustentável",
afirmou a postulante, em entrevista à CBN, nesta sexta-feira (5).
A ex-ministra criticou ainda a operação pente-fino que passou a receber dos seus adversários. "Está acontecendo uma atitude lamentável, uma verdadeira perseguição. Estão vasculhando a minha vida em todos os lugares", disse, que defendeu seu direito a ter uma atividade profissional.
A candidata afirmou ainda que eventuais diferenças de valores se devem ao registro de receita bruta e líquida que ela obteve com os eventos e que não é correta a afirmação de que sua atividade como palestrante tenha sido usada indevidamente em relação à campanha presidencial.
Marina também lamentou a crítica do candidato tucano Aécio Neves, de que ela muda de opinião ao sabor do momento. Citou o exemplo da temática de soja transgênica, que tem sido colocada por adversários. Segundo Marina, ela sempre defendeu um modelo de coexistência entre o plantio da soja transgênica e da soja convencional. "Lamentavelmente, (no passado, quando ministra) eu não tinha tanta audiência como tenho agora", lamentou.
A candidata do PSB repetiu que defende o debate, não o embate, e que respeita seus adversários, apesar das acusações colocadas por eles. "Aécio e Dilma fazem uma frente contra mim", afirmou. Mas disse que os brasileiros são inteligentes e sabem interpretar os discursos colocados.
