Nesta quarta (30), a seccional carioca da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) entrou com representação para abertura de processo por quebra de decoro contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
No documento entregue à Mesa Diretora da Câmara, a OAB-RJ sustenta que o parlamentar “extrapolou os limites da liberdade de expressão” com suas recentes declarações no
programa CQC.
"Fica claro o teor homofóbico e racista, este último, aliás, tipificado em tese até mesmo como crime inafiançável", destaca o presidente da entidade, Wadih Damous.
Depois do episódio, Jair Bolsonaro chegou a dizer que não teve intenção de ofender a cantora Preta Gil ou quem quer que seja. Além disso, insiste que a controvérsia é fruto de um mal entendido.
Mas, os argumentos não convenceram a Ordem dos Advogados. "Primeiro, porque a pergunta foi formulada de maneira perfeitamente clara, não havendo qualquer dubiedade capaz de gerar o referido engano. Segundo, porque se tratava de um vídeo anteriormente gravado, sendo perfeitamente possível que, no caso de má compreensão da pergunta, o deputado solicitasse nova reprodução do vídeo veiculado", diz a representação.