Política

Ele não teve voto para ser presidente, diz Moisés contra Edson Valadares

Montagem Bocão News
Vereador mostrou insatisfação com as orientações do presidente municipal   |   Bnews - Divulgação Montagem Bocão News

Publicado em 05/11/2014, às 08h51   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


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A relação estremecida entre os vereadores da bancada do PT na Câmara de Salvador e o presidente municipal da legenda, Edson Valadares, ganhou nesta terça-feira (4) uma dose a mais de provocação. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, o vereador Moisés Rocha (PT), disse que “o presidente não pode se tornar um ditador. Ele não teve voto para ser presidente”.
O dissenso começou desde que vereadores da bancada oposicionista desconsideraram orientação do partido e votaram com a bancada governista pela aprovação de projetos enviados pela prefeitura.
O presidente estadual da legenda, Everaldo Anunciação, tratou de acalmar os ânimos e apaziguar a situação. Segundo ele os desencontros serão acertados durante um encontro marcado ainda para esse mês entre as partes. ”O centro do debate do PT é a construção da unidade”.

Anunciação quer corrigir logo as brigas internas para concentrar os esforços para o pleito de 2016. Ele acredita que com as vitórias de Rui Costa e Dilma Rousseff em Salvador, o PT resgatou o eleitorado da capital, e que “ACM Neto abandonou a prefeitura para ser um cabo eleitoral de baixa qualidade”, provocou.

Apesar de ainda não ter nome definido para as eleições de 2016, Moisés Rocha descartou as candidaturas do deputado Nelson Pelegrino, que “deu uma desidratada”, e do senador Walter Pinheiro, que segue com situação indefinida no partido desde as declarações polêmicas no caso Dalva Sele.

Moisés Rocha disse que o erro da gestão de ACM Neto está em não olhar para as comunidades mais carentes. “Ele tem bons gestores administrativos, mas eles têm pouco contato e conhecimento sobre o povo da cidade”. Segundo o vereador, há mais de três anos interditada, a ladeira de São Caetano que faz ligação com a Cidade Baixa só deve ser recuperada a partir do primeiro semestre de 2015. ”A Barra começou depois e já está pronta”, reclamou. O vereador também criticou a ausência de artistas negros e grupos de samba na programação do Réveillon de Salvador.

Sobre a disputa pela presidência da CMS, Moisés Rocha admitiu a chance de reeleição de Paulo Câmara (PSDB), mas informou que caso haja dissenso na base governista, a oposição participará do processo.

Publicada no dia 4 de novembro de 2014, às 19h55

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