Política
O procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira (31) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) encaminhe ao Ministério Público Federal (MPF) os relatórios que teriam sido encaminhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a pandemia de Covid-19.
Segundo a Folha de S. Paulo, mais de 1000 documentos teriam sido produzidos sobre a crise sanitária, possíveis deficiências do sistema brasileiro e necessidade de ações enérgicas por parte do governo federal. Os relatórios, porém, teriam sido totalmente ignorados por Bolsonaro.
Na avaliação de Aras, caso a Abin apresente os documentos encaminhados a Bolsonaro, pode ficar caracterizado um “fato novo” nas investigações sobre a atuação do ex-presidente diante da pandemia de Covid-19 — todas arquivadas pelo próprio procurador-geral em 2021 —, reabrindo o caso.
O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve indicar em breve o procurador-geral da República para os próximos dois anos. Nos bastidores, Aras — indicado por Bolsonaro em 2019 e reconduzido em 2021 — atua para uma nova recondução ao cargo.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo Lula no Senado Federal, tem demonstrado simpatia à recondução de Aras. Nesta segunda-feira, o parlamentar petista elogiou a "coragem" do procurador-geral da República em desmontar a estrutura "lavajatista" no Ministério Público Federal.
Wagner lembrou ainda que conheceu o pai do procurador-geral, o advogado Roque Aras, ex-deputado federal pela Bahia. O senador petista, porém, negou que haja uma campanha montada por ele para que Augusto Aras seja reconduzido ao posto.
Classificação Indicativa: Livre
Cinema em casa
iPhone barato
Metade do preço
Limpeza fácil
Tela dobrável