Política
Uma ligação do Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), fez com que parte da base do gestor desistisse de apoiar a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigá-lo na Câmara Municipal da cidade.
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De acordo com o mandatário paulistano, o requerimento que circulou entre os vereadores não fez nenhuma menção ao padre.
O pedido era para a instalação de uma CPI para investigar “as Organizações Não Governamentais (ONGs) que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”.
Em outros momentos, Nunes já criticou a ação de entidades que promove ações assistenciais aos dependentes químicos do fluxo. Ele propõe medidas mais duras para parte dos usuários, como a internação compulsória.
O prefeito ressaltou que o requerimento não mirava as ações do padre católico, que tem realizado ações sociais na localidade. Ele abordou esse ponto durante a conversa com o padre.
A proposta de criação da CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), e circulou entre os demais vereadores nos últimos dias de dezembro.
Foram colhidas 23 assinaturas favoráveis a criação da CPI, sendo que são necessárias apenas 19. No entanto, vereadores se manifestaram posteriormente, alegando que não sabiam que Júlio Lancelotti seria alvo da ação, uma vez que não havia nenhuma citação a ele no pedido.
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