Política

Após cair na capoeira, Bruno Reis recebe “benção” de vereador: "Que dissimulação"

Joilson César/BNews
O prefeito assinou, na manhã desta sexta (4), a ordem de serviço para a construção da Arena da Capoeira  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 04/08/2023, às 13h26


FacebookTwitterWhatsApp

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), foi alvo de críticas nesta sexta-feira (4) pelo fato de ter lutado capoeira durante a assinatura da ordem de serviço para a construção da Arena da Capoeira, na Praça Marechal Deodoro, mais conhecida como Praça das Mãozinhas, no bairro do Comércio.

Em um comentário no perfil do BNews no Instagram, o vereador Silvio Humberto (PSB) não poupou críticas a Bruno Reis, que, apesar de estar jogando capoeira, vetou um projeto de lei que visava incluir o ensino de capoeira nas escolas da capital baiana. O projeto foi apresentado pelo também vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) em março deste ano. 

"Jogar na escola que é bom, NADA. Vetou o projeto na Câmara. Que contradição, que dissimulação", disse Sílvio Humberto. "Para todo mundo saber: esse prefeito aí que agora joga capoeira foi o mesmo que neste ano, há pouco meses, NEGOU o projeto capoeira nas escolas na Câmara de Vereadores de Salvador pelo vereador Augusto Vasconcelos", emendou.

Quem também comentou sobre o veto foi o secretário Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador (Seinfra), Luiz Carlos (Republicanos). Em conversa com a imprensa, pouco antes de Bruno Reis jogar capoeira, o titular da Seinfra rebateu as críticas sofridas pelo prefeito no período em que o projeto foi vetado.

“Quando fui eleito, em 2013, a minha primeira ação foi criar a frente parlamentar em defesa da capoeira. A partir daí, nós começamos uma luta para inserir a capoeira nas escolas. Eu fiz 10 audiências procurando uma justifica que pudesse colocar em prática a capoeira nas escolas. Da forma como Augusto quis, não encontramos elementos jurídicos que respaldasse pra isso”, disse Luiz Carlos.

“Augusto queria alterar sem dialogar. Se ele tivesse dialogado comigo, eu ia dar pra ele o subsídio. Quando, no momento da votação, eu disse pra ele, você sabe que você é jurista. Sabe que da forma como está não é possível passar. E ele disse que ia deixar assim mesmo, mesmo que não tenha efetividade e colocou para ser votado. O projeto foi vetado porque ele é inconstitucional”, emendou.

Luiz Carlos destacou ainda que a chegada da pandemia atrapalhou a aprovação de um projeto para inserir a capoeira nas unidades de ensino de Salvador. No entanto, o secretário disse que já está dialogando com a Fundação Mário Leal e a Fundação Gregório de Mattos para que a capoeira esteja nas escolas soteropolitanas. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp