Política

Após declarações sobre Marielle, defesa de Bolsonaro afirma que vai processar Lula; veja vídeo

José Dias/PR
Na última semana, Lula afirmou, mesmo sem citar nome de Bolsonaro, que “gente dele” não tem pudor de “ter matado a Marielle”  |   Bnews - Divulgação José Dias/PR

Publicado em 06/06/2022, às 19h18   Redação BNews



Após as declarações do ex-presidente Lula (PT), na semana passada, quando associou o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, a defesa do liberal informou que vai processar o petista.

Em um evento em Porto Alegre, disse que “gente dele” não tem pudor de “ter matado a Marielle”. Mesmo não citando o nome do principal rival nas eleições, Lula fez referências a um governante.

De acordo com a CNN Brasil, a informação da representação foi confirmada pela advogada Caroline Freitas, que atua na campanha de Bolsonaro junto com o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcisio Vieira.

Ela disse, porém, que o jurídico da campanha avalia qual ação específica será tomada e se será apenas no âmbito da Justiça Eleitoral.

No mês passado, os ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negaram recurso apresentado pelo policial militar reformado Ronnie Lessa, e mantiveram julgamento no tribunal do júri pelo assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Ainda conforme a CNN, a assessoria do ex-presidente Lula afirmou que não irá comentar.

Investigações

O crime foi cometido há quatro anos, em 14 de março de 2018. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ainda apura o mandante do crime. Segundo o promotor Diogo Erthal, uma das hipóteses é que seja o contraventor Rogério de Andrade.

Para o Ministério Publico, Lessa atuava como uma espécie de segurança de Andrade e foi chamado por ele a comandar a expansão dos negócios da organização criminosa na zona oeste do Rio de Janeiro um mês depois do homicídio da vereadora, em abril de 2018.

A promotora do MP do Rio, Simone Sibilio, que investigada as mortes de Marielle e Anderson, disse em outubro de 2019, numa entrevista à imprensa, que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro no crime mentiu durante depoimento à Polícia Civil. Tanto Bolsonaro quanto Lessa têm casa no local.

O órgão teve acesso à planilha da portaria do condomínio e também ao registro de áudio do interfone. Segundo ela, o material mostra que o porteiro interfonou para a casa 65 de Ronnie Lessa (e não 58, um dos dois imóveis que Bolsonaro possui no condomínio), e teria sido ele a autorizar a entrada do ex-PM Élcio Queiroz no local. Queiroz é suspeito de ter dirigido o carro de onde partiram os tiros que mataram a vereadora.

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