Política
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conceder a liberdade provisória a Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça foi aconselhado por seus advogados a evitar contatos com políticos. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.
De acordo com a publicação, a ideia é que Torres se dedique a recuperação de sua saúde mental para encarar os processos judiciais contra ele. Em abril, uma das justificativas apresentadas pela equipe de defesa para solicitar a liberdade do ex-ministro da Justiça foi a piora de seu estado psicológico.
Em abril, 38 senadores foram autorizados pelo STF a visitar Torres na prisão. A defesa do ex-ministro temia que o caso fosse usado por parlamentares, especialmente os bolsonaristas, para atacar o Judiciário, o que poderia complicar ainda mais a situação de Torres.
Ainda segundo a colunista, a análise feita pelos advogados é de que os bolsonaristas podem usar a imagem do ex-ministro como um mártir. Por isso, o objetivo deve ser manter Torres afastado da politização das investigações contra ele.
Anderson Torres foi preso em janeiro por suspeita de omissão dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. À época, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Além disso, a Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro uma minuta que poderia permitir uma tentativa de golpe de estado.
Torres ainda é alvo de uma investigação que apura uma suposta atuação dele nos bloqueios realizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022. A operação seria dificultar a ida dos eleitores do então candidato Lula às zonas eleitorais e, com isso, beneficiar o e ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição.
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