Arthur Lira é peça-chave para governo Lula na CPI dos atos golpistas; entenda

Líderes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional vêm demonstrando otimismo com a condução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos golpistas realizados no dia 8 de janeiro. Isso porque o grupo acredita conta com a maioria dos blocos partidários que vão indicar representantes para a comissão, que será formada por deputados e senadores.

No entanto, de acordo com a coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, nos bastidores, há o entendimento de que ainda é cedo para ter que se tenha certeza sobre a formação dessa maioria. A avaliação é de que ainda será necessário negociar com partidos que se dizem independentes, entre eles o Republicanos e União Brasil.

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No Senado, o governo Lula conta com a maioria graças aos blocos comandados pelo PT e pelo MDB. Os partidos contam com 11 dos 16 senadores que vão compor a comissão. Já na Câmara dos Deputados, a maioria vai depender do presidente da Casa, Arthur Lira (PP).

O deputado federal lidera um bloco com oito partidos, incluindo os três que se consideram independentes, o que dará direito a Lira de cinco dos 16 deputados que vão compor a CPI.

Por conta dos diferentes posicionamentos em relação ao governo Lula dos partidos que integram o bloco, a escolha de cada deputado fará muita diferença.

Segundo o regimento do Congresso, a formação da CPI deve respeitar a proporção da representação dos partidos. Com a comissão instalada, os seus integrantes devem escolher o presidente, que ficará responsável por indicar o relator.

Caso não haja acordo entre as lideranças partidárias, o presidente da CPI deve ser um senador e o relator, da Câmara, ou vice-versa. Com isso, o bloco comandado por Lira contará com grande influência para escolher o relator ou presidente.