Política

Articulações pelo poder em estados causam ‘dor de cabeça’ para Lula

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Na Bahia, Wagner e Rui Costa são, atualmente, os principais interlocutores de Lula na política baiana  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 23/02/2023, às 10h52


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Um climão foi instalado na base do presidente Lula (PT) na Bahia, após o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), declarar publicamente ser contra a indicação de Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) para ocupar a vaga aberta no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Apesar de ter tentado se explicar sobre a declaração contrária a indicação de Aline, o movimento causou uma verdadeira rota de colisão na base. Wagner e Rui Costa são, atualmente, os principais interlocutores de Lula na política baiana. Ambos são grandes articuladores do grupo apoiador do petista e um desentendimento entre eles pode refletir diretamente na união da base.

Enfermeira e sem qualquer atribuição acadêmica comprovada para ocupar o cargo, Aline Peixoto não tem sido bem aceita entre aliados. Diante disso, Rui Costa tem usado a influência de ministro número 1 do Governo Lula para conquistar votos suficientes e garantir a esposa no TCM.

Para isso ele tem se articulado juntamente com o seu sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), e demais deputados da base.

Para concorrer com a esposa de Rui Costa, a oposição apresentou a candidatura do ex-deputado Tom Araújo (UB). As sabatinas com ambos candidatos estão marcadas para as próximas segunda (27) e terça-feira (28) e a votação para o próximo dia 07 de março.

Mas não é só na Bahia que ministros de Lula têm entrado em rota de colisão devido a articulações pelo poder. No Maranhão, o ex-governador e ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), vem acumulando atritos com seu correligionário e sucessor, Carlos Brandão (PSB).

Segundo informações do O Globo, o clima entre os dois pesou após Brandão ignorar os pedidos de Dino sobre apoio à candidatura de Othelino Neto (PCdoB) na recondução da presidência da Assembleia Legislativa do Estado.

Aliados próximos a Dino afirmam que o novo governador tenta “dar sua própria cara” à gestão e que isso torna naturais algumas arestas com o antecessor, mas negam um rompimento.

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