Política

Assessor que viu invasão terrorista ao Planalto solta verbo contra órgão de segurança: "omissão"

Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com o assessor do Planalto, sede da Presidência estava "abandonada"  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 19/01/2023, às 10h08   Cadastrado por Yuri Abreu



Um assessor do Palácio do Planalto que a viu a invasão de terroristas à sede oficial do governo federal, no dia 8 de janeiro, soltou o verbo contra um importante órgão de segurança que deveria, naquele fatídico domingo, estar protegendo o local.

Ele acusou os militares do Batalhão da Guarda Presidencial do Palácio do Planalto de omissão, por despreparo ou conivência, em entrevista ao colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

Sob condição de anonimato, temendo represálias, o assessor contou que a sensação era a de que a sede oficial do Poder Executivo, na capital federal, estava abandonada. "Não existia comando, não existia orientação, dava a impressão de que existia um completo abandono", detalha o assessor.

Ao parceber o comportamento dos policias da guarda presidencial, ele recuou, temendo uma violência maior por parte dos extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda segundo o relato, os agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), passaram a transitar no Palácio do Planalto, mas sem reprimir os terroristas.

“Desde a chegada dos invasores o Palácio estava abandonado, as funções e os pontos de localização dessa guarda estavam abandonados. A pergunta que fica é: onde eles estavam? Por que eles não atuaram? É impossível você acreditar que o batalhão presidencial, que é o responsável por aquela casa, não atuou conforme sua função. A pergunta é: quem estava no comando? Pra mim fica muito claro que ocorreu alguma omissão ou conivência.”

O controle dos extremistas foi feito, de acordo com ele, apenas com a chegada dos agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Eu visualizei e ouvi alguns militares indicando uma saída para os invasores. Eu entendi que era uma saída que estava sendo coordenada por eles [militares]. Não era uma saída para existir qualquer tipo de prisão, mas para liberar os invasores”, recorda.

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